No Espírito Santo, vinte e seis aves foram sacrificadas para conter a disseminação do vírus da influenza aviária (H5N1), que tem rápida disseminação entre esses animais. De acordo com a secretaria da Agricultura do Espírito Santo, as aves foram sacrificadas em decorrência do contato com outras que haviam testado positivo para a doença, a pasta explcou que esse tipo de procedimento é considerado “padrão".
Após a confirmação dos três casos de aves silvestres infectadas com a gripe aviária no Espírito Santo, uma situação inédita no país, pois ainda não haviam sido confirmados casos. Ontem, quarta-feira (17), o Ministério da Saúde também confirmou o primeiro caso suspeito no Brasil da doença, em um humano.
"É uma medida de contenção de foco, com objetivo de proteger a saúde das demais aves que estão no meio ambiente e das pessoas que trabalham com essas aves", informou a secretaria, que apontou ainda que a medida se encontra amparada em decretos e leis federais e estaduais, além de regras normativas do Ministério da Agriculta e Ibama.
As espécies sacrificadas incluem atobás e trinta-réis, um biguá, uma coruja, um bem-te-vi, periquitos-rei e um papagaio-chauá. Já entre as três aves que tiveram a gripe aviária confirmada no estado, duas delas são da espécie Thalasseus acuflavidus, conhecida popularmente trinta-réis-bando, e foram resgatados em Marataízes e no Jardim Camburi, em Vitória.
No Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica (Ipram), na Grande Vitória, desde janeiro estava localizada o terceiro caso confirmado, que é de uma ave migratória da espécie Sula leucogaster, chamada na cidade de atobá-pardo, e foi infectada pelos dois trinta-réis-bando que também estavam lá. Os três ficaram debilitados e morreram dias depois da infecção.
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) afirmou estar "mapeando as áreas do foco e realizando vistorias nas propriedades, com o objetivo de proceder à vigilância clínica, buscando ativamente animais com sintomas compatíveis com a doença e realizando um trabalho de educação sanitária com os produtores rurais", segundo os dados da Seag, que tem o conhecimento de que a atual disseminação do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP - H5N1) pode causar graves impactos.