Oliver Smithies, o geneticista que receber? na segunda-feira o Nobel de Medicina por seu estudo da recombina??o gen?tica em ratos, explicou hoje que "n?o s? por uma quest?o moral, mas pela atual incapacidade t?cnica, continua sendo uma loucura clonar seres humanos".
Smithies foi agraciado, junto ao ?talo-americano Mario Capecchi e o brit?nico Martin Evans, devido a um estudo em que conseguiram "construir os modelos animais de doen?as sangu?neas como a anemia e a arteriosclerose".
A grande conquista dos pesquisadores foi extrair e inativar o gene de um rato e, depois, escolher o gene exato antes de intervir, que ? o que "marca a diferen?a" e permite "observar claramente o que ocorre com o animal".
Martin Evans encontrou o meio necess?rio para criar estes animais modificados geneticamente nas c?lulas-tronco embrion?rias e mostrou seu trabalho a Smithies.
Desta forma, e gra?as ao trabalho que ele mesmo e Capecchi tinham realizado nos anos 80, iniciou-se o caminho para o sucesso da pesquisa. "Desde o in?cio sabia que, se consegu?ssemos realizar com sucesso estes estudos, seria algo muito importante", afirmou.
"Por enquanto, esta descoberta n?o ? ?til para os humanos", reconhece, enquanto concentra seus esfor?os neste objetivo, que pode ser alcan?ado em "10 ou 20 anos, ou talvez em dois, nunca se sabe". Se a nova pesquisa tiver sucesso, ela ajudar? a reduzir riscos como os da rejei??o aos ?rg?os transplantados.
Nascido em 1925, o cientista considera que, ap?s o pr?mio ser dado em 2006 tamb?m a geneticistas, este campo cient?fico ? "muito importante na Medicina atual".
Smithies, nascido no Reino Unido, naturalizou-se americano e revelou hoje que parte da percentagem a que ter? direito dos dez milh?es de coroas suecas do pr?mio (US$ 1,55 milh?o) ser? destinada a "algumas das universidades" nas quais trabalhou.