Tomate, cheiro-verde, alface, abobrinha, bananas, laranjas costumam formar um conjunto que apazigua a fome do teresinense. Porém, nem tudo que colore o prato é ingerido e,depois do deleite ou da feira,afunda no cesto do lixo. A Nova Ceasa vem mudando essa realidade através do seu Banco de Alimentos. Os hortifrútis que não são destinados para venda ou sobram,de pouco em pouco, gramas se avolumam em toneladas de alimentos que são doados todos os dias a pessoas que não tem condições adequadas. Nea sexta-feira (29), o Banco de Alimentos promoveu a primeira Oficina Gastronômica do projeto social que combate a fome e o desperdício de hortifrutis no estado.
Cerca de 50 participantes, entre permissionários que fazem parte da Nova Ceasa e representantes de entidades beneficiadas pelo banco de alimento, participaram da 1º Oficina de Gastronomia do Banco de Alimentos do entreposto ministrada pela nutricionista Marynea Marin. A programação contou com cursos de boas práticas, manipulação de alimentos e de reaproveitamento de frutas e verduras.
"Essa é uma estratégia de focar na redução do desperdícios de alimentos aproveitando de forma integral e levamos várias estratégias na forma de preparação de receitas. Levamos orientações de receitas onde as partes dos alimentos são desperdiçados como a casca e os talos", relata.
O banco de alimentos beneficia 20 entidades e ajuda 5 mil pessoas. Ao todo, são doados 1 tonelada de alimentos por dia.O banco é um equipamento de segurança alimentar e visa justamente propiciar uma alimentação para as pessoas que não tem condições adequadas. Uma das beneficiadas, a representante da entidade Gaivotas que voam longe, da zona rural de Teresina no Arvores Verdes, Francisca Santos, gostou do que aprendeu. "Aprendi a aproveitar mais os alimentos e ter consciência de que a nutrição dos alimentos é completa. Além disso vou implementar as receitas em casa", conta.
A proposta da atividade levou uma cozinha experimental do projeto social que combate a fome e o desperdício de frutas e verduras no Piauí. A permissionária Luzinete Araújo, deixou o trabalho no mercado do Mafuá, na zona Norte, pela Nova Ceasa há 25 anos. Hoje, ela trabalha com hortifrútis e até ensina o que aprendeu sobre não desperdiçar alimentos.
"Achei excelente aprender e quero ensinar nossos clientes no reaproveitamento dos produtos e do valor nutritivo dos alimentos, ainda que tenham vida útil', disse. "Nunca imaginava que todo aquela produção que era lançada no lixo hoje a gente vê que virou algo solidário que alimenta e vai para mesa de muitas pessoas. Fico gratificada", completou a permissionária.
Ministro do Paraguai conhece instalações
O ministro da Fazenda do Paraguai, Benigno María López Benítez, esteve presente na central de abastecimento para conhecer as instalações e participou de solenidade. Em reunião, no Palácio do Karnak, com o governador Wellington Dias (PT) e a superintendente de Concessões e Parcerias, Viviane Moura, Benítez conheceu os 32 projetos de PPPs do Piauí. A comitiva do Governo do Paraguaio tem o interesse de adotar o projeto de parceria público-privada piauiense que é reconhecido na área a nível mundial.
O Ministro da Fazenda do Paraguai veio ao Piauí exclusivamente para conhecer o modelo de gestão adotado há um ano e 10 meses no local. Segundo a gerente administrativa e financeira da Nova Ceasa, Samara Almeida, o modelo da Nova Ceasa, reconhecido com premiações como da Organização das Nações Unidas (ONU), poderá ser implementado pelo país vizinho. (V.P)