Implantado pela atual gestão da Central de Abastecimento, o novo horário de funcionamento, válido desde o dia 29 de junho, segue regras de mercado e garante um controle mais eficaz da segurança e limpeza da Nova Ceasa. Às terças,quartas,sextas e sábados, a abertura dos portões acontece às 4h, e nos demais dias ( segundas e quintas-feiras), às 5h. O controle de horário é parte do Estatuto da Central mas não estava sendo cumprido. “Criamos um cronograma para a implantação gradativa do novo horário, de modo que os permissionários e demais produtores pudessem se adequar”, explica o diretor da NC, James Pereira.
Desde o dia 5 de junho, os horários começaram a ser adequados e divulgados. Segundo ele, além as novas regras possibilitam à gestão, garantir mais segurança para os permissionários e usuários. ”Como não havia controle de entrada, tinha gente que praticamente morava dentro da Ceasa. E não tinha nem como saber quem realmente entrava lá”, conta o diretor. Na última sexta-feira, um grupo de produtores do Ceará protestou contra a mudança. Ele chegaram a interditar a avenida Henry Wall de Carvalho, impedindo o acesso dos veículos, por discordarem da mudança, Nenhum dos manifestantes é permissionário da Nova Ceasa mas tem autorização para comercializar hortaliças nas instalações.
“Em todas as Centrais de Abastecimento do Brasil, há horário estabelecido e o cumprimento dele”, afirma. O regimento das Ceasas impõe horários. Em São Paulo, por exemplo, o controle é ainda mais rigoroso e a Ceagesp só libera a entrada às 6h, no Espírito Santo, às 4:30h e Pernambuco, segue as regras do Piauí, abrindo às 4h para exposição de produtos mas só permite comercialização, às 5:30h. No Rio de Janeiro, a carga e descarga de mercadorias fora do horário, gera cobrança de multa que varia a partir de R$ 3 mil e pode chegar até mesmo à interdição do comércio.
Além de problemas com a segurança e a própria limpeza, o descumprimento do estatuto também promovia uma concorrência desleal com quem não conseguia ou não podia chegar durante a noite. Também foram identificadas situações em que as instalações eram utilizadas para outras práticas, que não o comércio de hortigranjeiros.
Durante o processo que resultou na Parceria Público-Privada, através da modalidade concessão, a Superintendência de Parcerias e Concessões do Governo fez uma pesquisa onde o cumprimento de horário era a segunda prioridade dos permissionário, após a limpeza.