Novo 'Resident Evil: Revelations 2' é 'Big Brother do terror'

Vilã usa câmeras para observar heroínas, ativar armadilhas e enviar zumbis.

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"Resident Evil: Revelations 2" não tem uma protagonista chamada Clara, nem pergunta o que você faria, se você soubesse quem você é (e até onde vai a sua fé). Mas ele talvez seja o mais próximo que a série já chegou de um "Big Brother do terror". O G1 jogou uma demonstração do game durante a Brasil Game Show (BGS) 2014.




 

Em "Revelations 2", o jogador controla Claire Redfield, uma das personagens principais de "Resident Evil 2", e a estreante Moira Burton, filha de Barry, veterano do primeiro jogo. Presa em uma ilha, a dupla deve encontrar uma maneira de fugir enquanto é observada pelas câmeras de uma vilã misteriosa, capaz de acionar armadilhas pelos cenários e enviar zumbis contra as duas

O game chega no início de 2015 para PlayStation 4, Xbox One, Xbox 360, PS3 e PC em um inédito formato de episódios. A Capcom irá lançar quatro partes de cerca de 2 horas de duração cada ao longo de 4 semanas. Quem comprar o passe de temporada, recebe o game completo e outros conteúdos adicionais.

A demo acontece na prisão, a primeira parte do game. Claire e Moira precisam da chave de uma porta trancada, mas a Grande Irmã fez o favor de derrubar o cadáver que carregava o item em outra área. Na descida até lá, é possível ver que os princípios do ano sabático de "Resident Evil", vulgo o primeiro "Revelations", felizmente seguem vivos na sequência.

Os corredores são estreitos e a munição é limitada, forçando o jogador a entrar com cautela em novas salas e a dosar o dedo na hora de despachar os zumbis, chamados agora de "afflicted" (ou aflitos, em tradução). A tática de derrubar os inimigos com um tiro na cabeça para depois finalizá-los no chão usando a faca, padrão entre os veteranos de "RE", segue efetiva, mas há novidades.

Como já ocorria desde "Resident Evil 4", em "Revelations 2" é possível bater nos zumbis quando eles estiverem atordoados. Isso acontece após um tiro bem dado ou com a ajuda de Moira. O jogador pode selecionar a personagem mais nova a qualquer momento e usar sua lanterna para ofuscar os aflitos, abrindo tempo e espaço para Claire atacar.

Essa dinâmica se torna cada vez mais comum, já que Moira precisa iluminar certas partes das salas para revelar itens escondidos. No entanto, nos momentos mais intensos, a mudança entre pode desnortear os jogadores e torná-los presa fácil para os inimigos, que são inteligentes e capazes de cercar as duas com facilidade. Ao pressionar o botão de troca, a tela se escurece e reaparece sobre a outra personagem em um ângulo de câmera diferente do original. Isso acontece mesmo que uma esteja perto da outra.

Apesar de a experiência em dupla ser, no geral, positiva, Moira ainda não é uma parceira como Elizabeth, de "BioShock Infinite", que em nenhum momento se torna uma preocupação para o jogador e ainda consegue ajudá-lo com munição e poções. São casos diferentes, é claro, mas uma única personagem conseguiria realizar as funções de Claire e da novata sem prejuízo à narrativa. Porém, elas foram desmembradas para habilitar o modo cooperativo do game – que não pode ser jogado pela internet.

Mesmo assim, a questão não abala a sensação boa de tensão e horror de "Resident Evil: Revelations 2". O visual dos ambientes é sujo e cheio de sangue, e os modelos altamente detalhados dos aflitos impressionam. Além disso, ter de lidar com a ideia de um terceiro elemento observando suas ações e interferindo nas fases, mesmo que de forma programada, mexe com a cabeça e consegue elevar o clima de pânico da partida. O que leva a crer que, aparentemente, o spin-off de "Resident Evil" seguirá mais relevante que a série principal e seus delírios de ação.

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