O surto de ebola que acomete a África Ocidental se tornou ainda mais grave nos últimos dias. De acordo com a OMS, 3.069 casos já foram registrados, e o número real de doentes pode ser de duas a quatro vezes maior do que sugerem os dados oficiais. Cerca de 40% dos casos foi registrado nas últimas três semanas.
O número de mortos chega a 1.552.
A perspectiva, até que o surto seja controlado, também não é boa. Dados da OMS mostram que mais de 20 mil pessoas podem ser infectadas, número quase sete vezes superior ao registrado hoje.
O surto do vírus, que começou na Guiné em março e se espalhou pelas vizinhas Libéria e Serra Leoa, assim como pela Nigéria, exige uma imensa e coordenada resposta internacional, disse a OMS.
De acordo com a NBC, a OMS vai precisar de US$ 490 milhões para combater o surto ao longo dos próximos seis meses. Os profissionais da área da saúde também estão pagando um preço alto pelo seu trabalho.
Segundo a OMS, 120 morreram , e 240 foram infectados.
Entre as causas para a contaminação entre a equipe, de acordo com a organização, estão o número reduzido de profissionais, o uso inadequado dos equipamentos de segurança e o fato de alguns médicos trabalharem mais horas do que o máximo recomendado, chegando a fazer plantões de 12 horas.
“Uma equipe exausta tem mais chance de cometer erros”, diz o documento da OMS.
Também foi lançado nesta quinta-feira (28) um guia da OMS que vai orientar os países e a comunidade internacional envolvidos no combate ao surto sobre quais as prioridades para o tratamento dos doentes e reforças as instruções de segurança aos envolvidos.
O documento pretende interromper a propagação do vírus em um prazo de seis a nove meses e impedir que a epidemia se alastre para outros países.
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