O número de mortes nos presídios do Piauí caiu 33,3% no primeiro semestre de 2017, em relação ao mesmo período em 2016. No ano passado, foram 12 mortes no período. Já neste ano, ocorreram 8 falecimentos em penitenciárias.
Em 2017, o número de mortes naturais e violentas também caiu no primeiro semestre: foram 7 mortes violentas (contra 8, em 2016) e 1 morte natural (no ano passado, foram 3). Os dados são da Diretoria de Humanização e Reintegração Social da Secretaria de Justiça.
De acordo com as informações, a única morte natural ocorrida neste ano foi causada pelo vírus HIV. Já dos óbitos naturais de 2016, dois foram infarto e um caso de tuberculose e, do total de mortes naquele ano, houve um caso de suicídio.
A queda nas mortes naturais no sistema prisional do Piauí foi, portanto, de 66,7%. Em comparação à população carcerária total (4.260 em junho deste ano), as mortes nos presídios do Estado representam o percentual de 0,1% – em 2016, esse percentual foi de 0,3%.
A Secretaria de Justiça atribui a queda no número de mortes a dois fatores: melhorias na política de saúde prisional e na parte de segurança. A coordenadora de Assistência Social Prisional, Suzana Marreiros, observa que o tratamento humanizado tem avançado.
“Os dados refletem que estamos avançando, principalmente, na política de atenção à saúde e assistência social aos presos, com campanhas de vacinação, testes de saúde e atendimento médico e psicossocial permanente, por exemplo”, pontua Marreiros.
Já no caso das mortes violentas (homicídios) – 0,1% do total da população carcerária –, a Secretaria de Justiça observa que muitos presos são visados no mundo do crime e, por isso, quando entram no sistema, enfrentam represálias.
“Nossa meta é zerar esse índice e temos assegurado, por meio da análise da situação de risco dos presos e com os procedimentos de segurança, que esse número caia significativamente”, frisa o secretário de Justiça em exercício, Carlos Edilson Sousa.