Peritos criminais e de trânsito são insuficientes em Teresina

O comandante da Ciptran, Major Adriano Lucena, diz que hoje Teresina registra uma média de 11 a 12 acidentes de trânsito por dia

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O número de peritos criminais e de trânsito, em Teresina, é insuficiente, o que acaba resultando em longas esperas de pessoas que precisam desse serviço. No caso de acidentes de trânsito, além dos transtornos da ocorrência, a espera pela perícia pode demorar até mais de cinco horas.

Os acidentes de trânsito apenas com danos materiais são de responsabilidade da perícia, realizada pela Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran). Já quando há vítimas, é necessário, além dos peritos da Companhia, ainda os peritos criminais, do Instituto de Criminalística. Em ambos os casos, a demora costuma ser bastante longa.

Em entrevista recente ao Jornal Meio Norte, o presidente da Associação Piauiense de Peritos Oficiais, Fausto Vasconcelos, afirma que o Piauí possui apenas 35 servidores atuando nessa área da perícia criminal. O Piauí, no entanto, necessita de pelo menos 600 profissionais, uma vez que a ONU preconiza que é necessário um perito para cada cinco mil habitantes. Isso mostra um déficit de 94% de peritos no Piauí. Foi por causa desse deficit que a espera pela perícia no acidente que aconteceu no cruzamento da rua Júlio Mendes com avenida Ininga, no bairro Ininga, na zona Leste de Teresina, foi de mais de seis horas. O condutor de um dos veículos teve ferimentos pelo corpo e quebrou a clavícula.

O comandante da Ciptran, Major Adriano Lucena, explica que hoje Teresina registra uma média de 11 a 12 acidentes de trânsito por dia e eles contam com seis equipes de peritos para atender a essas ocorrências. Para um acidente com vítima é necessário o deslocamento de duas equipes, o que acaba sobrecarregando o Ciptran.

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