‘Nunca mais eu vou entrar em rio’, afirma mulher atacada por piranha

Em duas semanas, 12 ataques a banhistas foram registrados em Cáceres.

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A comerciante Roselene Fereira, de 45 anos, disse estar assustada com o ataque que sofreu, quando estava tomando banho na praia Daveron, no Rio Paraguai, em Cáceres, na região do pantanal e que fica a 220 km de Cuiabá. Ele teve o dedo do pé mordido por uma piranha no último domingo (13), logo após entrar na rio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram 12 ataques a banhistas apenas no mês de novembro.

?Foi uma questão de minuto. Eu senti uma forte dor no pé. Quando vi, tinha uma ferida enorme no meu dedo e sangrava muito. Todo mundo saiu correndo da água. Entrei em pânico?, contou Roselene. A comerciante disse que ficou sabendo sobre os ataques de piranhas no local, mas achou que não seria tão próximo à margem.

?Eu estava junto com a minha neta brincando no raso. Achava que os ataques eram mais contra quem estava nadando no meio do rio. Só sei que nunca mais vou entrar em rio?, afirmou. Conforme o Corpo de Bombeiros, a vendedora e outras 11 pessoas foram vítimas dos ataques que estão sendo registrados desde o início deste mês.

Com os dentes afiados, as piranhas, que medem entre 10 e 20 centímetros, costumam morder os pés, calcanhares e pernas. O diretor técnico do Pronto-Atendimento Médico de Cáceres, Antônio Bernardes, informou que a maioria das vítimas encaminhada para a unidade é jovem. Ao chegar na unidade, segundo o diretor, é feita a limpeza no ferimento e curativo. É recomendado ainda pelo médico o acompanhamento por antiinflamatórios.

Ele explica que, em alguns casos, quando a lesão é extensa, é necessária a vacina antitetânica. ?Quando a lesão é leve, fazemos apenas os procedimentos comuns para evitar a infecção. Mas se é um caso mais grave, é importante a vacina contra o tétano, no entanto, ainda não houve casos aqui [Cáceres] dessa gravidade?, justificou. Antônio Bernardes ressalta também a necessidade do banhista atacado procurar imediatamente o hospital para evitar que a ferida infeccione.

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