'Nunca precisou roubar', diz filho de mulher que levou morto ao banco

A prisão preventiva foi decretada durante a mesma semana da prisão em flagrante

'Nunca precisou roubar', diz filho de mulher que levou morto ao banco | Reprodução
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Lucas Nunes dos Santos, filho de Érika de Souza Vieira Nunes, presa por levar um cadáver em uma cadeira de rodas até uma agência bancária para tentar sacar um empréstimo, afirma que a mãe é inocente, que nunca precisou roubar ou enganar alguém para criar os seis filhos. As declarações foram concedidas ao programa Fantástico deste domingo (21). 

“A minha mãe criou seis filhos, e ela nunca precisou roubar, nunca precisou enganar ninguém pra criar os seis filhos dela. A minha mãe encaminhou os seis filhos nessa vida, e nos encaminhou muito bem, nos ensinando o caminho do estudo, o caminho do que é correto. A nossa vida é uma vida muito bem encaminhada e minha mãe sempre foi a nossa maior inspiração", acrescentou”, defendeu. 

Erika de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante após os funcionários do banco localizado em Bangu, na zona Oeste do Rio de Janeiro identificarem a ausência de movimento do idoso e acionarem a polícia. A prisão preventiva foi decretada durante a mesma semana da prisão em flagrante.

PROBLEMAS PSIQUIÁTRICOS

A família apresentou relatórios médicos assinados por psiquiatras que atenderam Erika pelo plano de saúde da família. Em 2022, um médico solicitou internação psiquiátrica da paciente, destacando sua dependência de sedativos, quadro de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas.

No ano passado, outro psiquiatra também recomendou internação devido à dependência de sedativos e hipnóticos.

No depoimento à polícia, Erika relatou que percebeu que o tio parou de responder quando recebeu atendimento dos funcionários da agência bancária. A defesa solicitou a revogação da prisão preventiva, aguardando resposta sem prazo definido.

ATACADA NA PRISÃO

Ana Carla de Souza Correa, advogada de Érika, afirmou que sua cliente foi alvo de agressões por outras detentas como retaliação diante da ampla repercussão do caso. Os ataques ocorreram enquanto Érika estava detida na Cadeia Pública José Frederico Marques, localizada em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro, antes de ser transferida para o Complexo Penitenciário de Gericinó.

O QUE SE SABE ATÉ AGORA

Testemunhas, incluindo um motorista de aplicativo e um mototaxista, afirmam que o idoso estava vivo ao entrar no veículo que o transportou para o banco. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou que Paulo Roberto faleceu entre 11h30 e 14h30, por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca, impossibilitando determinar se ele veio a óbito antes ou depois de chegar ao guichê.

O QUE CONSTATOU O IML 

O médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que o atendeu no banco observou sinais de livores cadavéricos na parte de trás de sua cabeça, sugerindo que ele pode ter morrido deitado. A defesa de Érika segue na tentativa de conseguir um habeas corpus para que ela possa responder em liberdade. 

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