A taxa de ocupação de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica na cidade de São Paulo chegou em 84,6%, e desperta alerta, pois existe a possibilidade de aumentar a quantidade durante o outono-inverno, é o que aponta a Secretaria Municipal da Saúde.
Desse total, 70% são ocupados por bebês e crianças com sintomas respiratórios. A rede municipal conta apenas com 124 leitos em UTIs pediátricas. Nos períodos mais críticos da Covid-19, em 2020 e 2021, a taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos também ficava em torno de 80%.
O outono-inverno é a época do ano com mais registros de doenças respiratórias, especialmente em crianças e idosos. No estado de São Paulo a média de ocupação chegou em 72,03%, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde.
FALTA DE VAGAS
Segundo apurou o jornal "Folha de S.Paulo”, um menino de 1 ano passou cerca de uma semana intubado no pronto-socorro do Hospital Regional de Cotia, na Grande São Paulo, aguardando por uma vaga de UTI pediátrica. A criança estava com um quadro de broncopneumonia e insuficiência respiratória.
O Hospital de Cotia não possui leitos de UTI pediátrica, apenas UTI neonatal. Segundo o governo estadual, a criança estava aguardando uma transferência para a UTI pediátrica do Hospital Infantil Cândido Fontoura, na Zona Leste da capital. A transferência foi realizada na terça-feira (2).
Em nota, a pasta informou que o paciente "foi atendido de imediato por equipe médica multidisciplinar, porém, devido à evolução do seu quadro clínico, precisou ser transferido para o Hospital Cândido Fontoura, referência estadual para atendimento pediátrico. Atualmente, o paciente encontra-se estável e com o suporte necessário para tratamento do seu caso".
Disse também que "devido à sazonalidade de doenças respiratórias características deste período do ano, foi acordado, em conjunto com os municípios, a ampliação da assistência à população" e afirmou que irá ampliar o número de leitos em Sorocaba, São José do Rio Preto e em Campinas.