Olhos podem ser indicadores de doenças em várias partes do corpo

Através da análise dos olhos os médicos podem ter um bom diagnóstico do que está acontecendo pelo corpo

Exame | Kelson Fontinele
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Quem nunca ouviu a expressão “Os olhos são o espelho da alma”, talvez nunca tenha pensado no poder que estes têm. Isso mesmo. Os olhos podem revelar os diferentes estados emocionais e também os físicos das pessoas. Quem prova isso é a ciência da iridologia.

A técnica funciona através de um exame do fundo do olho (iridossomatograma), método por imagem computadorizada em que o iridólogo analisa o desequilíbrio funcional direcionando o tratamento às terapias naturais como fitoterapia, homeopatia, acupuntura e reeducação alimentar.

Segundo o iridólogo Nelson Marquesan Carvalho Sousa, o exame é feito através de uma imagem da parte pigmentar do olho (íris), pelo iriscan, um equipamento com lente de longo alcance, em que congela-se a imagem pra ser analisada em um monitor e o paciente acompanha a análise junto com o terapeuta no consultório.

O laudo do exame aponta alterações ou disfunções sobre o real estado de saúde do paciente, especificando a sintomatologia nos aspectos anatômicos e fisiológicos como também terapêuticos.

A princípio, o iridólogo prepara o prontuário do paciente com todos os dados pessoais, histórico sobre seu estado de saúde e somente após a anaminese clínica é realizado o diagnóstico.

“A leitura topográfica da íris é bem prática, por considerarmos que a íris no seu processo embrionário capta informações do nosso genoma (mapeamento genético) retratando o estado e características hereditárias como também possíveis alterações e sinais que somente o profissional é capaz de direcionar ao tratamento ideal”, explica Nelson Marquesan ao tomar como exemplo um paciente com um histórico de Diabetes Mellitus 2.

“Não insulínico sob supervisão médica, e somente após o preenchimento do prontuário ele é submetido ao Iridossomatograma, onde faz-se algumas observações, desde seu estado atual como as complicações, levando em conta as Dislipidemias, fatores de risco, estado emocional e outros”, coloca.

Havendo um consenso, o paciente é encaminhado ao especialista para terapia medicamentosa, cabendo ao terapeuta auxiliá-lo. Já em outros casos não há essa necessidade, salvo se o paciente no laudo apresentar alterações que comprometa seu estado de saúde, a integridade da vida em casos de neoplasias e cardiopatias.

“É muito relativo, cada caso é um caso, e sabe-se que todos são bem orientados e supervisionados dentro dos padrões da bioética profissional”, acrescenta o iridólogo

Quem pode fazer?


Na realização do método, são usados equipamentos de última geração, como o iriscan e o irismake, técnicas totalmente computadorizadas. Em um monitor, é ampliada a imagem, que é armazenada em um banco de dados as informações, para quando o paciente retornar poder ser conferido o antes e depois do tratamento.

Segundo o iridólogo, qualquer pessoa pode se submeter ao iridossomatograma, salvo quando o paciente apresentar alguma deficiência visual, retinopatias, sensibilidade baixa ou grande complexidade ocular como também o uso de prótese de córnea.

Crianças a partir de 8 anos de idade e idosos podem fazer sem menores complicações dentro das condicionalidades impostas no diagnóstico, que é indolor e rápido.

“Não há riscos, salvo se não utilizarmos os EPIs e medidas profiláticas como em qualquer procedimento de diagnose.

Não há também contraindicações, a não ser em casos já citados”, destaca Nelson Marquesan.

Como o método surgiu

Instituída a mais de 100 anos, a Iridologia foi criada pelo médico húngaro Ignaz Von Peczely. Aos 10 anos de idade, Von Peczely, que morava nos arredores de Budapeste, capturou uma coruja em seu jardim e acidentalmente quebrou-lhe uma das pernas.

Ao tratá-la, percebeu o aparecimento de uma mancha na íris do animal, a qual foi mudando de cor e forma à medida que o tratamento ia prosseguindo.

O fato permaneceu gravado em sua memória como um acontecimento marcante. Em 1861, a curiosidade deu lugar a um interesse mais intenso, ao acompanhar a doença da mãe e perceber o surgimento de pontos na íris da enferma à medida que seu estado se agravava.

Após a morte da mãe, von Peczely decidiu estudar medicina, o que fez inicialmente em Budapeste (em 1862) e em seguida em Viena (em 1864), onde se formou médico e cirurgião.

Durante o curso de medicina, von Peczely acostumou-se a observar e relatar as alterações na íris dos pacientes que acompanhava, procedimento que manteve mesmo depois de ter se formado. Por fim, em 1867, publicou suas descobertas no livro Descoberta no Domínio da Natureza e na Arte de Curar.

O trabalho causou muita polêmica nos meios científicos recebendo tanto críticas quanto elogios. Fato curioso é que, quase na mesma época, o homeopata sueco Nils Liljequist publicava outra obra, Diagnóstico a Partir do Olho, com conclusões semelhantes às de von Peczely.

Sem que os autores se conhecessem nem tivessem qualquer contato entre si, as duas publicações foram fruto da coincidência, como surgimento de uma ideia original em dois lugares diferentes ao mesmo tempo.

Apesar de contar com fervorosos defensores, a iridologia foi muito combatida. Como resultado acabou abandonada quase por completo em benefício de novos métodos complementares de diagnóstico, sendo praticada quase exclusivamente por médicos adeptos da homeopatia e outras medicinas alternativas.

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