A manhã desse sábado, 01º de outubro, para as crianças da Casa Meio Norte, foi um dia de distribuir sorrisos e cuidar na saúde. A Organização Não-Governamental Turma do Bem, que faz o atendimento odontológico voluntário de crianças entre 11 e 17 anos, realizou a triagem de 150 crianças atendidas pela Casa Meio Norte, para serem incluidas no programa Dentista do Bem. O programa existe em Teresina desde 2008 e foi implantado aqui pela cirurgiã dentista Ellen Daniel, que conheceu o projeto em um congresso em São Paulo.
Atualmente são 60 dentistas fazendo o atendimento voluntário de crianças carentes em suas próprias clínicas. Um dos coordenadores do programa no Piauí, o cirurgião dentista Gustavo Oliveira, informa que desde 2008 a Ong já realizou o atendimento de cerca de 250 crianças carentes na capital. Gustavo alerta para os principais problemas encontrados: cáries, doenças periodontais e problemas ortodônticos. Ele explica que a falta de higiene é o maior causador dessas enfermidades. "O fator principal dos problemas encontrados nas crianças é a falta de noções básicas de higiene, da família e dos pais e a dificuldade de acesso ao tratamento preventivo".
Gustavo conta que a Ong Turma do Bem, foi criada em 2002 pelo dentista Fábio Bibancos e trazida pelo Piauí por Ellen Daniel, em 2008. "A doutoura Ellen,inclusive, já ganhou o prêmio de Melhor Dentista do Mundo, em 2009. Esse prêmio é concedido todos os anos aos profissionais que mais colaboraram com a Ong". O programa procura as escolas onde são identificadas grandes quantidades de crianças carentes, para fazer a triagem para os atendimentos. Na triagem é feita uma avaliação visual para que sejam identificadas as crianças com mais problemas.
Além de profissionais voluntários, o programa Dentista do Bem conta com a ajuda de universitários. Na triagem realizada na Casa Meio Norte, a acadêmica Yvina Modesto, do último período de odontologia da Universidade Federal do Piauí, estava analisando as fichas dos alunos e realizando as triagens. Yvina já é acostumada a fazer trabalhos voluntários, ela explica que na própria universidade há projetos onde os alunos atendem a população carente. "Já participei de trabalhos voluntários na universidade, na maternidade Evangelina Rosa, no Centro Integrado de Educação Especial e em algumas escolas. Eu gosto da minha futura profissão, tenho amor pelo que faço e gosto de ajudar as pessoas", conclui.
FOTOS: MOISÉS SABA