Operação da Interpol contra tráfico humano liberta mais de 100

A ONU estima que 2 milhões de pessoas sejam vítimas todos os anos.

Operação da Interpol contra tráfico humano liberta mais de 100 | Reprodução
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Uma operação da Interpol com a participação das polícias de 32 países, a Operação Turquesa, libertou mais de 100 vítimas de tráfico humano em vários países, entre 27 de novembro e 4 de dezembro. A coordenação global foi feita em Brasília, por autoridades brasileiras. As informações são do G1.

No Brasil, dezessete pessoas foram presas durante a operação turquesa, dez só em Minas Gerais, onde a Polícia Federal desarticulou quatro núcleos: criminosos que cobravam até 100 mil reais pra enviar imigrantes de maneira ilegal para os EUA.

O Brasil também está no mapa internacional do tráfico humano: como origem, e também como destino das vítimas. Os que deixam o Brasil, saem em geral pelos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e do Galeão, no Rio. São pessoas atraídas por promessas de um emprego dos sonhos, ou de um relacionamento amoroso, que acabam caindo em esquemas de exploração sexual na Europa.

Operação da Interpol contra tráfico humano liberta mais de 100 (Foto: Rede Globo)

No caso dos imigrantes explorados aqui no Brasil, estão bolivianos e paraguaios, que cruzam a fronteira pelo Acre ou pelo Mato Grosso do Sul, e são levados de ônibus até São Paulo, onde trabalham em condições semelhantes à escravidão.

Dicas para não cair em golpes

Mas como saber se você ou alguém próximo está prestes a cair num esquema de tráfico humano? O Fantástico conversou com Graziella do Ó Rocha, coordenadora de programa da ASBRAD (Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude), para fazer o alerta:

1. Desconfie de propostas de emprego fora do país que sejam muito tentadoras, que não exijam domínio de outro idioma, por exemplo, ou que prometem muitos ganhos financeiros em pouco tempo.

2. Desconfie de uma relação amorosa arrebatadora, em que uma pessoa que você conhece há pouquíssimo tempo faz propostas de mudança para o exterior ou promete enviar passagens para você viajar.

3. Se você decidir embarcar em uma viagem com essas características, nunca fique longe do seu passaporte. Avise amigos e familiares para onde você vai e tenha sempre anotado os contatos emergenciais da embaixada ou consulado brasileiro da cidade que vai visitar.

4. Não tenha medo de buscar ajuda. Não é vergonha nenhuma ser vítima, quem deve temer é o abusador.

5. Se você é vítima de qualquer violação de direitos humanos ou conhece alguma vítima, denuncie pelo Disque 100 ou 180. Basta ligar de qualquer telefone para esses números.

(Foto: Rede Globo)

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