O Promotor de Justiça Sinobilino Pinheiro, que integra o Grupo de Atuação Especial de Combate e Repressão ao Crime (Gaeco), do Ministério Público do Piauí, afirmou que as investigações da Operação Escamoteamento começaram no ano de 2016 e que as empresas realizavam fraudes a licitação para corroborar o repasse de recursos públicos e deu detalhes da 3º fase deflagrada nessa quinta-feira (23).
“Trata-se de fraudes de licitação a empresas que são de faixada e retiravam parte do dinheiro em espécie que voltava de forma escamoteada, ou seja, parte para gestores públicos e parte para as empresas. Hoje identificamos com relação ao município de Buriti dos Lopes que os valores recebidos são de aproximadamente R$ 8 milhões, referente tanto a empresas como pessoas físicas. As empresas pertenciam aos estados do Piauí, Maranhão e Ceará. Nós começamos a investigação no ano de 2016”, afirmou o promotor.
Foram presos nessa quinta, o ex-prefeito do município de Buriti dos Lopes, no Piauí, Bernildo Duarte Val e seu irmão Jucelino Duarte Val. Foram presos ainda o empresário Carlos Kenede Fortuna Araújo, o Carlinho Pezão, o empresário Jasem Nunes, o empresário Francisco Elânia Moreira Arruda, o servidor público Lindomar Sousa Nunes e o empresário Gerlan Nunes, todos residentes de Tanguá (CE), mais o ex-secretário de Finanças de Viçosa, no Ceará, Rafael de Sousa Arruda. Os presos são suspeitos pelo crime de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção.
O superintendente da PRF-PI, Welendal Tenório, afirmou que a Polícia Rodoviária Federal tem atuado no suporte a prisão dos envolvidos na quadrilha com todo suporte e aparato da instituição como na questão da logística para atuação nesses municípios.
“A operação já vem sendo cumprida há alguns dias já prendemos 7 pessoas e estamos reforçando a atuação do Gaeco nas prisões mais complexas e temos trabalhado com um aparato diferenciado nessa operação. Sete pessoas foram presas e estamos com outras pessoas foragidas”, destacou.