A Operação Pente-fino no Poti, deflagrada ontem (4), pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tem como um dos principais objetivos reacender a discussão acerca da necessidade da ampliação do sistema de esgotamento sanitário de Teresina. A ação promete, até o final do mês, mapear os pontos de maior poluição do rio Poti, onde esgotos são despejados de forma irregular no curso de águas.
O secretário Aluísio Sampaio acredita que a falta de um serviço de esgotamento sanitário eficiente contribui diretamente para a situação de degradação ambiental em que se encontra o rio Poti atualmente. “Queremos alertar a população da importância de se cobrar do poder público um trabalho de coleta e tratamento de esgoto adequado”, disse o gestor.
O esgotamento sanitário de Teresina atende somente 17% da população. De acordo com o secretário municipal do Meio Ambiente, desde 2007 o serviço não passa por uma ampliação. “Isso acaba afetando não só a questão ambiental, mas como de saúde pública e o próprio desenvolvimento da cidade, pois eu não acredito que uma cidade poder ser edificada sem ter um esgotamento sanitário adequado”, considera Aluísio Sampaio.
Em seu primeiro dia de deflagração, a SEMAM já detectou que também falta um trabalho de conscientização ambiental por parte da população. O secretário Aluísio Sampaio relata que flagrou uma pessoa jogando lixo irregularmente no rio antes do início da fiscalização.
A ação tem como parceiros técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Corpo de Bombeiros, que ofereceu a estrutura técnica à secretaria. A Operação Pente-fino no Poti é abrangente e no primeiro momento visa retirar os aguapés e canaranas que tomam conta do curso de águas.
Durante 30 dias serão detectadas todas as atividades clandestinas e que degradam o meio ambiente. Através de leis ambientais a Semam vai notificar quem estiver irregular.