Oppenheimer: Conheça o personagem de um dos filmes mais aguardados do ano

Dirigido por Christopher Nolan, o longa-metragem é baseado na biografia de J. Robert Oppenheimer, conhecido como o “pai da bomba atômica”.

Cillian Murphy vive J. Robert Oppenheimer no filme dirigido por Christopher Nolan | Reprodução
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O aguardado filme "Oppenheimer" estreou nos cinemas brasileiros na quinta-feira (20). Dirigido por Christopher Nolan, o longa-metragem é baseado na biografia de J. Robert Oppenheimer, conhecido como o "pai da bomba atômica". Conheça a fascinante história por trás do filme:

Quem foi J. Robert Oppenheimer?

J. Robert Oppenheimer, brilhantemente interpretado por Cillian Murphy, foi um físico-teórico americano. Aos 38 anos, liderou o laboratório de pesquisa do projeto Manhattan em Los Alamos, Novo México, cujo objetivo era a criação da bomba atômica.

Formado em química por Harvard em 1925, ele obteve o PhD em física pela Universidade de Göttingen, Alemanha, em 1927.

Oppenheimer era carismático e um líder natural em Los Alamos. "Ele tinha uma voz suave e distintiva. Era necessário ouvir com muita atenção, mas ele era extremamente magnético", contou Kai Bird, autor da biografia que serviu de base para o filme, à revista Smithsonian.

Casado com Kitty Oppenheimer (interpretada por Emily Blunt), durante o casamento ele também reavivou seu relacionamento com a ex-namorada, Jean Tatlock (Florence Pugh). O cientista faleceu aos 62 anos devido a um câncer de garganta, sendo um fumante inveterado.

Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o presidente americano Franklin Roosevelt autorizou a criação do projeto Manhattan para pesquisa e desenvolvimento das primeiras bombas atômicas, atraindo cientistas de destaque dos Estados Unidos.

Além de Los Alamos, o projeto tinha outras duas "sedes": Oak Ridge, Tennessee, onde o urânio era refinado, e Hanford, Washington, onde o plutônio era produzido. Em julho de 1945, três anos após o início dos trabalhos de Oppenheimer, a equipe de cientistas testou as primeiras detonações. Assim, o deserto do Novo México testemunhou a primeira explosão nuclear da história.

Em agosto daquele ano, os Estados Unidos bombardearam as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki com as bombas Little Boy e Fat Man, respectivamente. Estimativas atuais indicam que 210 mil pessoas perderam a vida nas explosões.

Relatos sugerem que os sentimentos de Oppenheimer em relação à sua criação eram complexos, e ele expressou várias vezes seu arrependimento pelos bombardeios. Em 1945, ele disse ao presidente Harry Truman (no filme, Gary Oldman) que "sentia que tinha sangue nas mãos". Em outra ocasião, ele se referiu à bomba atômica como uma "coisa perversa".

Suas declarações negativas nos anos seguintes levaram o presidente da Comissão de Energia Atômica americana (no filme, Robert Downey Jr.) a revogar seu acesso a assuntos secretos da instituição. Oppenheimer lutou contra essa decisão, e as audiências do caso revelaram sua vida profissional e pessoal. Ele perdeu o caso e sua relação com o governo americano chegou ao fim.

O físico passou o resto de seus dias trabalhando como diretor no Institute for Advanced Study, em Princeton, Nova Jersey, até falecer de câncer em 1967.

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