Oscar Schmidt tem apelado ao espiritualismo na batalha que vem travando contra um tumor no cérebro, diagnosticado em 2011. O Mão Santa tem feito visitas frequentes a estes profissionais nos últimos meses. A revelação foi feita em entrevista ao O Estado de S.Paulo.
"Sim (tenho visitado médiuns). Eu já fui no João de Deus e no Paulo Neto. Sempre aparece alguma coisa e eu acabo indo. A gente não pode ficar só em casa fazendo o que os médicos mandam. Também não posso deixar de tomar o Temodal (remédio contra o câncer). Aí, eu morro mesmo", disse o ex-jogador.
"Eu sou católico. Isso não vai mudar. Mas esses lugares têm uma energia muito boa. Não vou perder nada indo até lá. É de graça. Tem 1.300 pessoas que vão lá. Vou e levo uma garrafa de água para ele energizar. Vou em quantos aparecerem na minha frente. Eu sei que eu tenho a doença, mas se ficar sentado dentro de casa, eu vou morrer. Eu preciso me mexer. Quem cura é você. Á a cabeça que cura", completou o Mão Santa.
Além da ajuda espiritual, Oscar segue com seu tratamento médico e sessões de quimioterapia.
"Estou bem, mas faço tratamento. Uma vez por mês, durante cinco dias, eu tomo Temodal, remédio para quimioterapia. Essa é a minha principal obrigação. Além disso, fiz um tratamento em Los Angeles que injetaram plasma do meu próprio sangue na minha coluna. A ideia é que as células sadias ajudem a recuperar as outras. Eu vou morrer dando tiro", disse.
Oscar disse também que se segue dando palestras, mas que sua imagem ficou arranhada após confusão em uma faculdade de Caruaru (PE), em novembro do ano passado. Naquela ocasião, vários estudantes deixaram o auditório e o Mão Santa proferiu insultos.
"Não tenho dúvida que arranhou (a imagem). Manchou muito, mas sou guerreiro. Não vai ficar assim. Não posso revelar o que vou fazer, mas já sei", disse.
"Os convites para palestra caíram bastante. No final do ano, eu estava descartando convite e depois disso fechou um ou outro orçamento. Não faço mais palestras abertas, só dentro de empresas agora", explicou.