Um paciente afirma ter sido agredido por um médico dentro de um Pronto Socorro da cidade de Mongaguá, no litoral de São Paulo, no último sábado (3). De acordo com a vítima das agressões físicas, ele encontrou o médico dormindo durante o expediente após esperar quase uma hora para ser atendido e resolveu jogar um balde d’água no profissional.
Rodrigo Rodrigues da Silva, de 30 anos, conta que vai até o Pronto Socorro regularmente por causa de problemas respiratórios.
“Estou indo direto no PS com problema de bronquite. Já na semana passada eu cheguei na unidade de saúde e uma enfermeira me disse que o médico estava dormindo e só iria atender caso tivessem cinco fichas na mesa dele”, afirma.
Há exatamente quatro dias, ele voltou a apresentar problemas respiratórios e decidiu retornar ao Pronto Socorro, quando se deparou com a mesma situação novamente. “Fiquei aguardando por cerca de 40 minutos e chamei a enfermeira, que me avisou que ele estava dormindo. Depois disso, eu peguei um balde com água, que estava na sala, entrei no consultório e o vi deitado em uma maca com um cobertor e joguei nele”, afirma Rodrigo.
Ao entrar na sala, ele afirma que o médico notou a movimentação e se levantou pouco antes do balde ter sido esvaziado.
“Eu nem acertei ele em cheio, pegou só na perna, mas assim que ele se molhou, um enfermeiro e um motorista de ambulância chegaram e me seguraram. Nesse momento, ele me deu um soco no olho com toda a força”.
Mesmo atordoado, o paciente afirma que ainda conseguiu ver o momento em que o enfermeiro e o motorista correram para segurar o médico.
“Só soltaram ele quando a polícia chegou ou ele teria me matado. Depois disso, os policiais me levaram até Pronto Socorro Vera Cruz, onde fui medicado e então prestei depoimento na delegacia sede, onde registrei um boletim de ocorrência”, diz ele.
Procurado, o hospital não se manifestou sobre o caso.