Paciente com câncer reclama de falta de atendimento

Paciente deveria fazer uma cirurgia que ainda não aconteceu

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Viver com um câncer é um desafio e correr para tratá-lo pode ser um sofrimento para muitos pacientes. A jornada para tratar um câncer no colo do útero para a senhora Marinete da Costa, 67 anos, está sendo das mais dolorosas. A paciente aguarda há quase um ano por uma cirurgia num hospital privado de Teresina, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Após ser encaminhada para três médicos e não realizar o procedimento, ela teme que seu quadro de saúde se agrave.

"Em abril, fará um ano que aguardamos por essa cirurgia. Já fomos encaminhados para um terceiro médico. O primeiro disse que ela não faria o procedimento porque deveria passar por quimioterapia e radioterapia. Já no segundo, a doutora disse que minha mãe deveria realizar a cirurgia primeiro", explica a filha de Marinete, Mara Patrícia.

Em meio a isso tudo, Marinete já retirou uma das mamas para tratar um outro câncer, agora ela realizou seis sessões de quimioterapia e houve uma melhora na diminuição do caroço. Para Mara, o cenário, por si, é delicado e requer da paciente o tratamento da forma menos dolorosa possível, sem encerrar-se em detrimento da doença, mas respeitando os limites que o corpo impõe.

"Fizemos todos os exames para realizar a cirurgia e estou com tudo em mãos. Mas nessa semana o médico responsável negou-se a fazer a operação e disse que minha mãe deveria procurar outro médico, alegando que apenas dois profissionais no hospital são os responsáveis por esse tipo de cirurgia. Com isso, há uma demora enorme, porque residimos em Timon, no Maranhão, e os encaminhamentos vêm de lá", reclama.

Os diagnósticos de oncologia são dados pelos médicos da atenção básica nos municípios, que encaminham os pacientes para um hospital de média complexidade, onde será observado se há necessidade de cirurgia e tratamento, e só depois ele será direcionado para a rede hospitalar credenciada para quimio, radioterapia e cirurgia. O problema está na demora na marcação das consultas e dos encaminhamentos.

"Para conseguir a consulta, demora e é de lá que será liberado para o hospital e não sabemos qual será a data. Nessa semana mesmo ela estava na Unidade de Pronto Atendimento (Upa) com muitas dores. O clínico geral que a atendeu passou um remédio para aliviar as dores e pronto. Ela está a cada dia se acabando", acentua.

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