Pacientes no Hospital do Parque Piauí, na zona Sul de Teresina, que procuraram a unidade de saúde na tarde de quinta-feira (5), esperaram mais de cinco horas para serem atendidos. Segundo informações, havia apenas um médico para atender a demanda do pronto-atendimento e ele havia se ausentado.
A aposentada Ariel Borges levou seu neto, que estava com falta de ar e tremores nas mãos, provocados por uma crise de ansiedade. Ela chegou ao local por volta das 12h, e até as 17 não havia sido atendida.
“Desde meio-dia estamos aqui para sermos atendidos, estão nos tratando como abestados, porque ficamos aqui e ninguém toma providência de chamar um médico para atender quem está doente. Nós pagamos caro por saúde, todo mundo paga por esse médico, é uma falta de respeito”, protestou.
Consultórios com ar refrigerado e lâmpadas ligadas se encontravam sem nenhum clínico-geral. Os pacientes questionam o atendimento do hospital e reclamam que as informações prestadas nos horários das escalas dos médicos na recepção foram inacessíveis.
O Jornal MN apurou na noite de quinta (5) que a demora no atendimento por parte dos profissionais é constante. “Procurei o hospital porque tive uma crise de ansiedade, mas a espera é enorme, quase sempre”, afirma a atendente de Telemarketing Maria da Cruz Alves, que estava na unidade de saúde, às 17h.
Também inconformada com a situação — e em meio à espera -, uma mãe de 20 anos que se encontrava com um bebê de dez meses, com febre e garganta inflamada, aguardava há cinco horas na sala de espera por atendimento.
Hospital lotado
A diretora-geral do Hospital Parque Piauí, Dulce Silva, afirmou que no dia 5 de março havia dois clínicos e um pediatra na urgência. Sobre a superlotação, a direção explica "que está ocorrendo em todos os hospitais, devido às viroses e chuvas".
Sobre as escalas, os profissionais têm um horário de almoço às 13h, retornando após 30 minutos aos consultórios. "Garantimos que a escala da tarde estava normal, comprovada no painel eletrônico, agora pode partir insatisfação por conta da demora dos hospitais estarem lotados", respondeu a direção da pasta.
O hospital é gerenciado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) e funciona 24 horas com atendimento de urgência para adultos e crianças. Entre os serviços, há internação em clínica médica e pediatria e também atendimento ambulatorial.