Pela terceira vez no ano, os médicos do Hospital de Urgência (HU) entram em greve, desta vez, por tempo indeterminado.
O piso salarial é indigno, segundo eles. Os atendimentos caíram em média 70% e só a enfermaria funciona.
Um senhor, identificado por Osair, reside no município de Pedro Laurentino, localizado a 530 Km de Teresina. Ele procurou o hospital para um procedimento cirúrgico, mas, lamenta porque não foi atendido e vai ter que gastar ainda mais com transporte.
?Os médicos me encaminharam para cá e eu não sei o que fazer, a não ser ficar aguardando?, disse ele.
Na sala de atendimento, o semblante de quem precisa é de pura decepção, sempre na esperança de ser atendido. ?A gente fica à mercê, à disposição deles. Pobre não pode fazer nada a não ser esperar?, afirmou um paciente.
Para dona Angelina, pior que não ser atendida é ter que aguentar as constantes dores. Ela sofre de pedra nos rins. ?Eu tinha uma consulta marcada para hoje e, quando eu cheguei aqui, nada. O que eu devo fazer é voltar para casa. Não posso ficar esperando nessas condições?.
A Rede Meio Norte tentou encontrar a Comissão dos grevistas, mas ninguém foi encontrado. A única informação é que todos saíram por volta das 10h. A equipe não foi atendida pela direção do HU.