Desde novembro do ano passado, a Farmácia de Dispensação de Medicamentos Excepcionais está sem entregar a medicação dos pacientes transplantados. A denúncia foi feita pela professora de 41 anos, Márcia de Castro Moreira, que está há 3 meses sem receber o Azatioprina.
A professora, que é transplantada há 14 anos, relata que o medicamento deve ser entregue todos os meses, mas como isto não vem acontecendo desde o mês de novembro, a única alternativa foi pedir emprestado a quem ainda tem. “Essa foi a única saída, porque até para comprar é difícil, já que ele não é encontrado facilmente nas farmácias e é muito caro”, lamenta.
Márcia conta que o farmacêutico do local informa apenas que os pacientes devem ficar indo à farmácia para verificar se o medicamento já chegou. Seguindo a orientação, ela fez todos os meses e até quinta-feira (08) o remédio ainda estava em falta. “Só isso que me disseram, que não tinha.
E agora eu fico na preocupação, porque caso eu não tome, corro o risco de perder o órgão transplantado. Sem falar na pessoa que me emprestou, porque ela também não tem mais. Então nós duas podemos correr este risco”, completa a professora.
Outro problema relatado por Márcia é que os transplantados não possuem mais prioridade na hora de receber os medicamentos. “Tenho a imunidade baixa e não posso ficar muito tempo na fila e com pessoas doentes”, diz.
A equipe de reportagem do Jornal Meio Norte entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.