Padre é denunciado por ator ao propagar discurso homofóbico durante missa

Durante missa de 7° dia, padre foi acusado de pregar discurso de ódio a comunidade LGBTQIAPN+

Bernardo Dugin fala em suas redes sociais sobre caso de homofobia sofrido. | Reprodução - Foto: Instagram
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O ator Bernardo Dugin denunciou em suas redes sociais que, durante uma missa de 7° dia na cidade de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, um padre teria feito um discurso homofóbico

Em entrevista a CNN Brasil, o rapaz informou que o padre teria dito durante a homilia que “o demônio estaria entrando na casa das pessoas de variadas formas, para destruir as famílias, na representação da união de pessoas do mesmo sexo”.

Após o ocorrido, o ator se dirigiu a delegacia de Polícia Civil (151° DP) e denunciou o caso, afirmando que não aceitaria “discursos de ódio disfarçados de fé” e que “o demônio está na representação do ódio e não do amor”. A CNN Brasil também entrou em contato com o advogado do ator, que explicou que além do inquérito policial, também acionou o Ministério Público para que uma ação civil fosse aberta.

Após a repercussão do caso, a Diocese de Nova Friburgo, responsável por realizar a missa em questão, divulgou uma nota de esclarecimento.

“A Diocese de Nova Friburgo, por meio de seu Bispo Bom Luiz Antônio Ricci, lamenta profundamente o ocorrido com o ator Bernardo Dugin, durante a Santa Missa de 30 de abril, na Capela do Colégio Nossa Senhora das Dores, em Nova Friburgo. Pedimos perdão às pessoas que se sentiram ofendidas e reafirmamos aquilo que é recorrente nas orientações do Bispo para os padres e leigos: misericórdia, respeito, diálogo, tolerância e reconciliação.”

Em um outro comunicado, a Diocese também divulgou a posição de padre Antônio Carlos dos Santos, envolvido no episódio em questão. Afirmando que em momento em algum teve intenção de ofender nenhuma pessoa ou classe e que sentia muito, além de afirmar que apenas seguia seu papel de proclamar o mandamento da caridade, respeito, misericórdia e tolerância.

A Polícia Civil do RJ afirmou em nota que um inquérito foi insaturado para a apuração do caso enquadrado como crime de homofobia e que o acusado prestará depoimento nos próximos dias.

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