Um padre foi preso em flagrante por estuprar um menino de 14 anos e tentar abusar de outro, de 13, dentro do banheiro do Shopping La Plage, na Praia das Pitangueiras, em Guarujá, na segunda-feira (9) à noite.
Os meninos disseram que vendiam balas na rua e o acusado lhes ofereceu “milkshake”. Apesar de não conhecê-lo, os garotos aceitaram e o acompanharam ao La Plage. O padre atua em uma paróquia no extremo da Zona Sul da Capital.
Desconfiada das reais intenções do padre Anderson de Moraes Domingues, de 43 anos, a vítima mais nova alertou dois seguranças do shopping. Segundo os funcionários, este menino disse que o acusado prometeu pagar “lanche” em troca de favores sexuais.
À distância, os seguranças passaram a observar Anderson. Ele estava com os meninos na área de recreação e acariciou o garoto de 13 anos, “mas sem aparentar conotação sexual”, conforme os funcionários.
Momentos depois, os seguranças perderam de vista o padre e as vítimas. Logo em seguida, por meio de rádio, foram informados de que eles teriam se dirigido ao banheiro, para onde também seguiram.
Através do vão inferior da porta, a equipe do shopping constatou que havia duas pessoas em uma cabine, que se encontrava trancada por dentro.
Um dos seguranças afirmou que viu pela abertura da porta o padre com a calça abaixada. À força, o acusado agarrava o garoto de 14 anos e encostava o seu órgão genital nas nádegas do menino, que também se encontrava despido.
Com a intervenção dos seguranças, esta vítima conseguiu fugir da cabine pelo vão. O padre continuou dentro dela e os funcionários do La Plage arrombaram a porta para prender o padre. O menino de 13 anos estava na parte externa do banheiro e só entrou com a chegada dos seguranças.
Policiais militares foram acionados e conduziram o acusado à Delegacia de Guarujá. O delegado Caio Azevedo de Menezes autuou Anderson pelos crimes de estupro e de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável.
Anderson foi recolhido à cadeia anexa ao 1º DP de Guarujá. Durante a autuação em flagrante, o padre foi assistido pelo advogado Gilmar José Mathias do Prado. O defensor disse que o cliente invocou o direito constitucional de apenas se manifestar perante um juiz.
O menino resgatado da cabine disse que o padre chegou a realizar sexo oral nele, mas os seguranças não presenciaram esta cena. O outro garoto contou que o acusado, ainda na área de recreação, agarrou o pênis do amigo.