Padre excomungado, por defender os gays, fez escândalo, afirma diocese

De acordo com a diocese, com as declarações divulgadas em vídeo na internet, o padre cometeu um “gravíssimo delito de heresia”.

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Um dia após fiéis terem lotado as missas de despedida do padre Beto, a Diocese de Bauru (SP) disse ontem, em um comunicado, que todas as iniciativas de diálogo com o religioso foram esgotadas.

O texto diz que, "em nome da liberdade de expressão", o padre "traiu o compromisso de fidelidade à igreja a qual ele jurou servir no dia de sua ordenação sacerdotal".

Ele afirma também que "estes atos provocaram forte escândalo e feriram a comunhão eclesial".

De acordo com a diocese, com as declarações divulgadas em vídeo na internet, o padre cometeu um "gravíssimo delito de heresia" cuja pena prescrita é a excomunhão.

Quem é excomungado não pode participar de nenhuma cerimônia do culto católico, celebrar ou receber sacramentos. Não pode batizar ou ser batizado, casar-se ou realizar um casamento, confessar-se ou ouvir confissões.

Como membro desligado da Igreja Católica, também não recebe mais os benefícios, como pensão, por cargos que tenha exercido.

Para tocar o processo de excomunhão, um padre especialista em direito penal canônico foi nomeado juiz instrutor pelo bispo de Bauru, Caetano Ferrari, 70.

A assessoria de imprensa da diocese informou que após a decisão nenhum pronunciamento será feito.

Ainda ontem, ao lado de uma advogada, o padre Beto procurou um cartório para registrar seu pedido de afastamento logo após ser informado sobre a excomunhão.

A diocese avalia que a excomunhão "coloca um ponto final nessa dolorosa história" e pede que o padre "tenha a coragem da humildade em reconhecer que não é o dono da verdade e se reconcilie com a igreja".

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