O pai da estudante de direito Camilla Abreu, Jean Carlos, em entrevista na Rede Meio Norte, desabafou sobre a possível soltura do capitão da Polícia Militar Alisson Wattson da Silva Nascimento, que virou réu pelo assassinato da jovem com quem mantinha relacionamento amoroso.
Ontem, os advogados de defesa solicitaram à juíza da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, Zilnah, a soltura do acusado com a revogação de sua prisão preventiva, decretada pela Justiça. O promotor de Justiça do caso, Benigno Filho, deu parecer pelo indeferimento do pedido de revogação da prisão preventiva de Alisson Watson. A advogada de acusação, Ravenna Castro, disse que já preparou a contrarresposta ao pedido de soltura do capitão Allison Watson.
"Revolta. A gente fica muito chateado e agradeço a Deus por saber que essa juíza do caso, segundo o que ouvi falar, é uma pessoa justa, uma mãe de família. Acredito que ela não dará essa soltura. Os advogados dele alegam que ele não oferece risco à sociedade, mas é um rapaz que responde por crimes na lei Maria da Penha em Campo Maior; deu um tiro em um rapaz no restaurante Cajuína, acho que ali na Morada Nova, e isso só porque o rapaz a cumprimentou com dois beijos do lado", revelou.
Indignado, o trabalhador conta que vizinhos, após a morte da estudante, revelaram que a jovem era constantemente agredida pelo capitão. "Os vizinhos presenciavam quando ele espancava ela de madrugada. Ele também colocava arma na cabeça da ex-mulher. Teve uma cliente nossa daqui que disse que presenciou ele dando um tapa no rosto da mãe dele. É um rapaz réu confesso, e eu não sei por qual motivo ele ainda não foi expulso da PM. Queria saber o que está faltando e se fosse até suspeito, tudo bem. Mas ele é réu confesso", questionou.
"O sentimento é de revolta. Uma pessoa que fez o que fez com minha filha. Nós acreditamos na justiça. Eu tenho certeza que a juíza não vai conceder essa soltura para ele", desabafou.