Mais um suposto caso de negligência no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA) foi relatado pelo pai de uma criança que buscava atendimento para sua filha no maior centro médico-hospitalar da região Norte do Piauí.
Segundo a denúncia, a garota havia vomitado bastante e apresentava outros sintomas quando foi levada ao Pronto Socorro na madrugada do último dia 21. Na ocasião, a recepcionista informou que o médico estava no repouso e que não o iria incomodar.
A funcionária minimizou a gravidade do problema e disse que só chamaria alguém para atender no caso de piora no quadro clínico, sugerindo esperar que a criança voltasse a vomitar, sendo que a mesma já havia vomitado quando estava fazendo a ficha na recepção. A atendente declarou estar apenas ?cumprindo ordens superiores? para não acordar o plantonista daquela noite.
Indignado, o pai da criança ainda tentou se dirigir à sala de repouso do médico, mas foi impedido por servidores do hospital. A menina acabou só conseguindo atendimento na manhã seguinte, em uma clínica particular de Parnaíba.
O denunciante disse ter sido informado por uma técnica de enfermagem que trabalha no HEDA sobre a prática de um diagnóstico prévio por parte dos médicos. ?Pra cada tipo de queixa já tem um determinado medicamento que é passado, sem que haja consulta. Se for da cintura pra cima: Dipirona; da cintura pra baixo: Buscopan; se for dor de barriga é dado Atroveran?, afirmou.
A coordenação do HEDA negou ao Proparnaiba.com que este seja o ?procedimento padrão? adotado pela instituição. O coordenador geral, Paulo Careca, declarou que ?casos de menor gravidade são direcionados ao acolhimento, que por sua vez encaminha para o clínico. Este decide quais medidas tomar com o paciente. Se houve algo desta natureza, o que é inaceitável, nós iremos apurar baseado na escala de plantão do dia citado e tomar as providências cabíveis contra os responsáveis?.