Escrever em um papel feito de fezes de elefante pode parecer estranho, mas é uma medida simples que pode ter um grande impacto no combate ao desmatamento. A iniciativa vem ganhando força no Quênia e traz benefícios para todos: humanos, elefantes e meio-ambiente.
O processo de fabricação deste tipo de papel é bastante simples. Basta lavar o esterco, ferver as fibras vegetais por quatro horas e depois basicamente seguir o mesmo processo que gera o papel convencional. Tudo isso sem derrubar uma árvore sequer. E matéria-prima não falta: cada elefante produz em média 50 quilos de fezes por dia.
“O negócio é estável e tem um futuro promissor. É importante para que a caça e a exportação ilegal de madeira se reduzam até serem zeradas“, relatou John Matano. Ele é um dos produtores locais que puderam crescer graças à indústria lucrativa, sua empresa emprega 42 pessoas e lucra 23 mil dólares anuais. Estima-se que mais de 500 moradores da região de Mwaluganje já tenham saído da pobreza através do negócio, iniciado há pouco mais de uma década.