Para TAM, avião pode pousar com defeito no sistema de freios

Para TAM, avião pode pousar com defeito no sistema de freios

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O Airbus-A320 que se acidentou na ter?a-feira em Congonhas, provocando a morte de pelo menos 196 pessoas, voava com um problema mec?nico detectado quatro dias antes.

A TAM soube na sexta-feira de um defeito no reversor -que auxilia a frenagem- do lado direito do avi?o prefixo PT-MPK. Ela decidiu, ent?o, pela lacra??o do equipamento e libera??o da aeronave para funcionar com esse instrumento operante s? do lado esquerdo.

A companhia a?rea diz que os manuais da Airbus autorizam que se continue voando nessas condi?es durante dez dias.

No acidente do Fokker-100 da TAM em 1996, que matou 99 pessoas, as investiga?es apontaram problemas no reversor direito como principal causa.

Oficiais da Aeron?utica tamb?m afirmaram que a mesma aeronave que se acidentou na ter?a tinha enfrentado dificuldades para pousar em Congonhas na v?spera devido ? pista escorregadia -assim como pelo menos outras quatro, incluindo uma da Pantanal.

O avi?o, na ocasi?o, vinha do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. O "Jornal Nacional", da TV Globo, diz que a aeronave parou quase no final da pista. A TAM diz que nenhum incidente grave foi relatado.

Especialistas ouvidos pela Folha dizem que a falha no reversor potencializa os riscos quando associada a outros problemas, como a pista escorregadia de Congonhas. Para eles, s? a falha mec?nica n?o causaria um acidente desse porte (leia texto na C 3).

Pista Contaminada

Ruy Amparo, vice-presidente t?cnico da TAM, disse ao "JN" que os manuais da Airbus permitem que a empresa libere a opera??o da aeronave por dez dias mesmo que os dois reversores estejam inoperantes.

Em seguida, afirmou que "n?o h? altera??o de performance" da aeronave sem esse sistema, "exceto em pistas muito contaminadas". Amparo afirmou que as pistas contaminadas seriam "embaixo de chuva muito forte", mas que esse "n?o era caso declarado" em Congonhas no dia do acidente.

Segundo ele, esse avi?o foi investigado tr?s meses antes do acidente e n?o foi constatada "nenhuma pane significativa", que poderia "alterar os padr?es de v?o significativamente".

Em nota divulgada ontem ? noite, a TAM admitiu a desativa??o do reversor direito do Airbus depois do defeito constatado no dia 13. Afirma que tudo foi feito em condi?es previstas pelos manuais de manuten??o da fabricante Airbus e aprovado pela Anac (Ag?ncia Nacional de Avia??o Civil).

O comunicado diz que esse procedimento "n?o configura qualquer obst?culo ao pouso da aeronave" e que essa informa??o foi dada pelo presidente da empresa, Marco Antonio Bologna, e pelo vice-presidente t?cnico, Ruy Amparo, em entrevista coletiva anteontem.

Na entrevista, Amparo, ao ser questionado se poderia ter ocorrido problema semelhante ao do acidente de 1996, afirmou: "O reversor direito estava travado, em condi?es previstas dentro das normas desse tipo de avi?o e que n?o coloca qualquer obst?culo ao pouso previsto em Congonhas".

J? Bologna disse que "os manuais da Airbus mostram que reversor n?o era requerido para este pouso".

Na nota, a TAM diz que "a empresa reafirma que n?o teve registro de qualquer problema mec?nico neste avi?o no dia 16 de julho [segunda-feira]" e que, conforme dito na entrevista coletiva, a aeronave "n?o tinha registro de nenhum problema de manuten??o anterior".

Os relatos recebidos pelo Comando da Aeron?utica e pela Anac refor?aram a possibilidade de que a principal causa do acidente tenha sido a falha mec?nica do Airbus.

A Aeron?utica confirmou que a imagem filmada do pouso em Congonhas registra um "clar?o" na turbina esquerda do jato e acrescentou dados ? informa??o de que uma turbina estaria impulsionando a aeronave para a frente (como em procedimento de decolagem) e outra para tr?s (de pouso) -e da? a virada do avi?o para a esquerda antes da colis?o.

O piloto, segundo essa hip?tese, pousou normalmente, mas uma das turbinas n?o resistiu ? grande eleva??o de pot?ncia exigida para frear.

Com isso, teria havido uma "explos?o do compres

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