Em greve desde o dia 6 de setembro, os bancários do Piauí se reuniram nesta terça-feira (3) para discutir o fortalecimento do movimento e anunciaram que continuam parados por tempo indeterminado.
Os bancários recusaram em 15 de setembro mais uma proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e decidiram continuar a greve. A proposta da Fenaban era um reajuste salarial de 7% e abono de R$ 3,3 mil. Os bancários não ficaram satisfeitos e decidiram manter a paralisação.
Após isso, há pelo menos duas semanas que não há negociação e os bancários já estão parados há 29 dias.
Os bancários reivindicam reposição da inflação de 9,57% e mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24), participação nos lucros, combate à meta abusiva, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, segurança e melhores condições de trabalho.
A greve já teve adesão de 140 agências em todo o Piauí. No Brasil, já são 13.358 agências e 34 centros administrativos fechados, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
A greve já é mais longa do que a realizada pelos bancários no ano passado, que durou 21 dias. Segundo a Contraf-CUT, a greve mais longa da categoria na história foi em 1951 e durou 69 dias. Nos últimos anos, a mais longa foi a de 2004, com 30 dias.