Dos sete mortos no acidente no est?dio da Fonte Nova, no dia 25 de novembro, durante jogo entre Bahia e Vila Nova-GO pela S?rie C do Campeonato Brasileiro, tr?s eram amigos e moravam na mesma rua, no bairro de San Martim.
A casa de M?rcia Cruz est? fechada desde o dia do acidente. Perto dali, o irm?o de Djalma Lima Santos, de 30 anos, mostra no celular a ?ltima imagem que fez do gari com vida. A outra v?tima, An?sio Marques Neto, tirou uma foto antes de sair para o jogo na Fonte Nova: ? a ?nica com o filho mais novo, de apenas dez dias.
Uma semana depois da trag?dia, as fam?lias reclamam que ainda n?o receberam nenhuma ajuda financeira. "At? agora o caix?o do meu irm?o, e de todas as v?timas, ningu?m pagou. Quem pagou foi a pr?pria fam?lia. Est? todo mundo endividado para pagar caix?o, enterro, vel?rio. A gente ? que fica no preju?zo", afirmou Cleice Marques, irm? de An?sio.
Segundo a assistente social do governo do estado que est? coordenando a ajuda aos parentes das v?timas, as fam?lias receberam, por enquanto, aux?lios psicol?gico e social e cestas b?sicas.
"Quanto ao aux?lio-funeral, as fam?lias j? foram orientadas para encaminhar toda a documenta??o com as despesas que elas tiveram com o funeral para que n?s possamos fazer o ressarcimento", disse Irani Lessa.
A assistente tamb?m falou sobre o atendimento do governo ?s pessoas que tiveram gastos m?dicos por terem ficado feridas ou na queda da arquibancada ou na confus?o que se formou no campo. "A orienta??o do governo ? prestar toda a assist?ncia ?s fam?lias e responder a todas as suas necessidades".
O pintor Germano Andrade n?o recebeu a visita dos assistentes sociais. Na confus?o depois do jogo, ele caiu no fosso da Fonte Nova e teve traumatismo craniano. Ficou quatro dias internado, mas, mesmo depois de ter alta do hospital, continua com muitas dores e n?o consegue se levantar.
"Perdi meu emprego, meu trabalho. Estou dentro de casa agora parado, n?o sei quando vou voltar a trabalhar. Para mim, ? p?ssimo", afirmou Andrade.