Martin van Sluys, irmão da passageira do vôo 447 Adriana Van Sluys, 40 anos, afirmou que provavelmente serão tiradas fotos dos corpos encontrado no oceano Atlântico entre sábado e domingo, que serão encaminhadas aos parentes para reconhecimento.
Por isso, os familiares das vítimas não devem viajar de imediato para Recife com o objetivo de reconhecer os corpos. "Vai ser feito o registro fotográfico dos corpos e depois as fotos vão ser enviadas ao Rio", disse van Sluys na manhã deste domingo.
A notícia de que mais três corpos foram encontrados no oceano Atlântico hoje provocou comoção. Agentes da Polícia Federal continuam recolhendo amostras de sangue, saliva e fios de cabelo de pais, irmãos e filhos das vítimas.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).
Na manhã de sábado, a Marinha e a Aeronáutica encontraram dois corpos masculinos e destroços do avião a cerca de 900 km de Fernando de Noronha. Na madrugada deste domingo, outros três corpos foram resgatados, sem identificação de sexo.