Parentes dizem que soldados que se afogaram não sabiam nadar

Os três recrutas tinham entrado no Exército havia poucos meses.

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Parentes dos soldados que morreram afogados durante treinamento em Barueri, na Grande São Paulo, disseram que os jovens não sabiam nadar. O Exército abriu uma investigação que deverá levar 40 dias para ser concluída.

Os três recrutas tinham entrado no Exército havia poucos meses, e serviam juntos no 21º depósito de suprimentos, na Lapa. Os soldados faziam um treinamento de localização na mata em grupos de quatro pessoas. Jonhatan Cardoso, de 19 anos, Vitor Costa Ferreira, de 18, e Wesley dos Santos, também de 18, não conseguiram sair do lago. O outro integrante conseguiu escapar da água e chamou socorro.

“Eles deram uma bússola para ele fazer um mapa, e eles se perderam. E tinha alguma coisa para pegar dentro daquela lagoa que estava a três metros de profundidade. E meu filho morreu”, disse Michelly Turella, mãe de Jonathan.

Tia de Wesley, Daniela Brito Santos contou que foi procurada por um dos comandantes do Exército. “O tenente-comandante falou que era uma prova que eles teriam que fazer, só que teriam que ir até a metade desse lago. E eles acabaram indo um pouco além”, afirmou.

A assessoria de imprensa do Comando Militar do Sudeste disse em nota que "um Inquérito Policial Militar será instaurado para levantar as causas que levaram ao incidente."

De acordo com o coronel Igor Boechat, oficial de comunicação social do exército, as instruções iniciais apontavam orientação diurna. “Nesta orientação, o soldado recebe uma espécie de mapa, a gente chama de carta e ele tem que percorrer alguns pontos com a bússola, de modo que ele consiga se orientar no terreno. Por algum motivo, essa equipe, e temos que apurar ainda, essa equipe de quatro ou caiu e entrou no lago e infelizmente três militares vieram a se afogar.”

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