O ciclista que morreu ao ser atropelado pelo carro guiado por Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, foi atingido na pista da rodovia Washington Luís, na altura da entrada de Xerém, em Duque de Caxias (RJ), em 17 de março. A informação foi confirmada nesta sexta-feira pela assessoria de imprensa da Polícia Civil. O exame concluiu que ele não estava no acostamento, como chegaram a afirmar algumas testemunhas.
Segundo a polícia, a perícia que deve apontar a velocidade da Mercedes SLR McLaren que Thor dirigia no momento do acidente ainda depende de informações solicitadas à fabricante. Pelo fato de o carro ter a suspensão mais baixa que o normal e possuir freios ABS, os peritos não conseguiram determinar a velocidade do veículo. Em depoimento, o filho do dono do Grupo EBX com a ex-modelo Luma de Oliveira negou estar acima da velocidade permitida no trecho, que é de 110 km/h.
Um exame no corpo da vítima, Wanderson Pereira dos Santos, apontou que ele havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente. O Instituto Médico Legal (IML) detectou concentração de 15,5 dg/l (decigramas por litro) de álcool no sangue do ciclista.
Uma vez descartada a possibilidade de o atropelamento ter ocorrido no acostamento, Thor somente deve ser indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) se os laudos apontarem excesso de velocidade.