Quase metade (42,4%) dos estudantes piauienses de 13 a 17 anos de idade não costumam usar cinto de segurança quando andam de carro. A proporção é a segunda maior do país: apenas o Rio de Janeiro (46,3%) supera o índice piauiense. Ainda conforme a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2019, o índice registrado no Piauí é 10,3 pontos percentuais superior à média brasileira (32,1%). O levantamento foi feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os estudantes piauienses que andaram de motocicleta nos 30 dias anteriores à pesquisa, 76,2% usaram capacete. No Brasil, a média foi de 88,9%, o que equivale a 12,7 pontos percentuais a mais que no Piauí. Nesse quesito, os escolares piauienses ficam à frente apenas dos estudantes do Maranhão (75,7%) e do Rio de Janeiro (74,1%).
Além dos baixos índices de uso de itens de segurança no trânsito, a exposição ao risco é ainda maior quando se trata da condução de veículos motorizados sem habilitação. No Piauí, chega a 45,1% a taxa de estudantes de 13 a 17 anos de idade que guiaram automóveis nos 30 dias anteriores à pesquisa. É o terceiro maior índice do país, cuja média foi de 33%. Apenas Maranhão (49,5%) e Tocantins (48,6%) superaram o Piauí nessa categoria.
Aproximadamente um em cada quatro estudantes piauienses (26,5%) deixaram a segurança de lado ao andarem em veículos cujo motorista havia ingerido bebida alcóolica. A taxa é ainda maior entre aqueles que foram conduzidos por pessoas que usaram o celular durante o deslocamento (32,8%). Nessas situações, os índices foram menores que a média brasileira: 27,1% dos estudantes do país andaram com motoristas alcoolizados e 38,1% com condutores que usaram o celular durante o percurso.
Conforme a pesquisa, também é alto o índice de estudantes piauienses que tiveram ferimentos decorrentes de acidentes de trânsito. Dentre aqueles que sofreram algum acidente ou agressão nos 12 meses que antecederam a pesquisa, cerca de 28,4% tiveram lesões provocadas por acidentes de transporte. A proporção é a terceira maior do país, atrás apenas do Maranhão (33,1%) e do Tocantins (28,6%). A média do Brasil é de 16,2%.