Há dois anos vem sendo desenvolvido um projeto que visa eliminar substâncias poluentes e cancerígenas das águas.
Os resultados são positivos e o grupo, composto por quatro alunos de mestrado do Programa de Pós-graduação em Química da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e quatro alunos de Iniciação Científica da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), pretende aprimorar e aplicar a descoberta.
A fotodegradação de poluentes aquáticos é amplamente estudada por pesquisadores de diversos países. Dentre estes poluentes, as macromoléculas são as de mais difícil degradação ou mineralização. Corantes têxteis, herbicidas e alguns fármacos, como antibióticos e anticoncepcionais, são exemplos destas macromoléculas poluentes de ambientes aquáticos. As duas primeiras classes de compostos são cancerígenas.
Os principais poluentes nos rios do Piauí são corantes químicos oriundos das indústrias têxteis. O corante que é despejado na água é composto por macromoléculas que não se degrada facilmente no meio ambiente.
Há ainda outras das substâncias sendo analisadas, como os antibióticos e o anticoncepcional. O problema dos antibióticos e anticoncepcionais reside na relativa grande quantidade excretada na urina, que acaba chegando aos mananciais, por meio da rede de esgoto, promovendo o aumento da resistência de diversos microrganismos nocivos aos seres vivos. Já os anticoncepcionais promovem alterações no sistema endócrino e reprodutivo, especialmente de espécies aquáticas, mas também de outros seres vivos em decorrência de bioacumulação.
“Quanto aos contraceptivos, os hormônios presentes não são totalmente absorvidos pelo organismo. O excesso é eliminado na urina e, nos rios, provoca mutações nas espécies. Essas alterações impedem a reprodução”, explica Geraldo Luz, Pró-Reitor de Pesquisa da UESPI.
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