Na hora de comprar a ração para o seu animal de estimação, qual seu critério de escolha?
Um estudo realizado por pesquisadoras da Universidade Estadual do Piauí revelou que em Teresina, o critério que mais importa no momento de comprar a ração é a satisfação e aceitação do pet. Isso acontece porque nos últimos anos, cães e gatos passaram a fazer parte da vida afetiva dos donos, e estes buscam satisfazê-los principalmente através de uma boa alimentação.
A aluna Bianca Morais e a professora Dinnara Souza, do curso de Zootecnia, campus Torquato Neto, são responsáveis pelo projeto que foi desenvolvido através do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica). A ideia surgiu a partir de uma necessidade de mercado, aonde buscou-se entender quais são os critérios que levam os tutores a adquirirem a ração, bem como saber quem é o público que possui pets e qual sua situação socioeconômica.
A professora Dinnara afirma que houve uma modificação na visão das pessoas sobre os cães e gatos, pois agora eles são vistos como membros da família. Assim, o mercado precisa moldar seus produtos conforme a preferência do cliente e do pet. “Hoje em dia será que o preço é o que mais importa? A nossa pesquisa mostrou que não, o que mais importa é se o animal está satisfeito com a alimentação e se essa alimentação tem um valor nutricional satisfatório. Os tutores se preocupam mais com o bem-estar do animal, do que com o preço”, destacou a docente.
Procedimentos e dados
Para obter os dados da pesquisa, a professora e a estudante formularam um questionário e divulgaram nas redes sociais. 103 pessoas de diversos bairros da cidade participaram da pesquisa.
Após obterem as respostas do formulário, comprovaram que o público que mais tinham pets eram mulheres jovens, na faixa etária de 20 a 30 anos, e sem filhos. Quanto ao perfil socioeconômico, comprovou-se que a maioria ganhava de 1 a 5 salários mínimos.
No que diz respeito ao critério de escolha das rações, 28% compram pela aceitabilidade da ração pelo animal, 18% pelo preço, seguido de 16% pela indicação do nutricionista, 11% pelo ingrediente presente na ração.
“Fizemos essa pesquisa e constatamos também que 83% dos animais já tinham, em algum momento, rejeitado a ração ofertada diariamente. Através de todos os dados obtidos queremos propor uma alimentação diferenciada, ou seja uma alimentação natural”, expressou a discente pesquisadora, Bianca Morais.