Pesquisa traça perfil sexual dos brasileiros e só 5% das mulheres fazem sexo diariamente

Ainda segundo o estudo da “Durex Global Survey Sex”, apenas 12% dos homens fazem sexo diariamente

Apenas 5% das mulheres fazem sexo diariamente | Thinkstock
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Metade dos brasileiros está insatisfeito na vida sexual. No quesito prazer, apenas 22% das mulheres chegam sempre ao orgasmo e só 44% delas estão satisfeitas com sua vida sexual. E quase 40% das mulheres reprovam sexo no primeiro encontro. Os dados são de uma pesquisa inédita divulgada em janeiro de 2014 pela marca de preservativos "Durex Global Survey Sex" em evento realizado em São Paulo.

O estudo, que entrevistou 1.004 homens e mulheres no país com idade entre 18 e 65 anos, sendo que 89% desse total estavam, na época da pesquisa, em união estável há mais de um ano, traçou o perfil sexual do brasileiro e foi apresentado pela terapeuta sexual Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade do instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP. O "Casal Sem Vergonha", formado pelos blogueiros Jaque Barbosa e Eme Viegas, que fazem sucesso na internet com dicas de comportamento sexual, também participou comentando alguns dados da pesquisa.

Em relação à duração do ato sexual, 36% dos homens e mulheres têm relação que dura de 6 a 15 minutos. Já 13% dos brasileiros levam até 5 minutos numa relação sexual como um todo e, para 33% dos entrevistados, o sexo dura entre 16 a 30 minutos. Mas por que o brasileiro, apesar da alta frequência e apesar de despender tempo para o sexo de pelo menos 20 ou 30 minutos em cada relação, não está conseguindo a satisfação sexual?

Apenas 5% das mulheres fazem sexo diariamente

Segundo a pesquisa, quase metade dos entrevistados (49%), tanto homens quanto mulheres, disseram que fazem sexo mais do que três vezes por semana. Já 33% afirmaram fazer uma a duas vezes na semana e 15% disseram fazer sexo uma vez por mês. Ainda segundo o estudo da "Durex Global Survey Sex", apenas 12% dos homens fazem sexo diariamente e só 5% das mulheres têm essa mesma frequência sexual.

Quase 40% das mulheres aprovam sexo no primeiro encontro

Segundo o estudo, 39% das mulheres entrevistadas concordam com sexo no primeiro encontro enquanto que 58% dos homens acha aceitável sexo já na primeira noite. Já 17%, no geral, não concorda nem discorda, mas deixa acontecer. "Mas a opinião das mulheres sobre questões como essa e sobre infidelidade já são muito diferentes do que há 10 anos", ponderou Carmita.

Para Jaque Barbosa, do site "Casal Sem Vergonha", muitas mulheres ainda têm esse receio de fazer sexo no primeiro encontro por medo de passar uma imagem negativa. "O que recebemos de feedback é que muitas mulheres gostariam sim de poder fazer sexo no primeiro encontro, claro, em situações onde role química e há o desejo dos dois. Mas ainda existe esse medo dessa imagem que elas vão passar ao homem principalmente quando há um interesse maior, que é o da relação se desenvolver", analisou a blogueira.

Apenas 44% das mulheres estão satisfeitas sexualmente

A pesquisa mostrou que metade dos entrevistados está insatisfeito com sua vida sexual. Para os homens, essa insatisfação é de 51% e, para as mulheres, de 56% (apenas 44% delas estão satisfeitas sexualmente). Segundo o estudo, 65% de homens e 63% de mulheres não conseguem admitir ter dificuldades sexuais.

Só 22% das mulheres chegam sempre ao orgasmo

No estudo, mais da metade dos homens entrevistados (52%) afirmaram que sempre chegam ao orgasmo quando fazem sexo. Já 14% deles chegam lá "quase sempre" e "com muita frequência" apenas 9%. Quanto às mulheres, só 22% disseram que conseguem chegar sempre ao orgasmo nas relações.

28% das mulheres chegam mais facilmente ao orgasmo quando se masturbam

Outro dado da pesquisa é que 37% dos entrevistados afirmaram que chegam ao orgasmo tanto com a masturbação quanto com a relação sexual (para homens, o número é 38% e, para mulheres, 36%). Além disso, 28% das entrevistadas disseram que chegam mais facilmente ao orgasmo quando se masturbam.

"Conhecendo mais o seu corpo do que o seu parceiro, elas acabam tendo a facilidade tanto na masturbação quanto na parceiria sexual. Mas aquelas que não comentam, não conversam como gostam de ser acariciadas e qual o tipo de carícias que as levariam ao orgasmo, acabam tendo mais prazer em se tocarem do que quando estão no ato sexual", analisa a sexóloga Carmita Abdo.

Sexo diminui estresse para 67% das mulheres

Para quatro em cada cinco entrevistados, uma boa vida sexual é fundamental para o bem-estar. Mais que os homens, elas revelaram que o humor delas melhora com o sexo: melhora para 63% deles e para 72% delas. Além disso, segundo o estudo, a atividade sexual diminui o estresse para 59% dos homens entrevistados e para 67% das mulheres. Concordam que o sexo faz as pessoas se sentirem mais saudáveis, 61% dos homens e 59% das mulheres.

Brasileiros investem nas preliminares

De acordo com o estudo, 40% dos brasileiros disseram que investem de 5 a 15 de minutos nas preliminares antes do sexo. Já 15% afirmaram dedicar de 0 a 5 minutos para as preliminares e 32% investem entre 16 a 30 minutos. Só 13% dos entrevistados disseram dedicar mais de 30 minutos neste quesito.

Dor durante o sexo e perda de libido

51% das mulheres entrevistadas declararam já sentirem dor durante o sexo e 32% delas já tiveram perda de libido durante sua vida sexual. Além disso, a secura vaginal já foi um problema para 26% das mulheres da pesquisa. Já 16% dos homens entrevistados disseram ter experimentado perda de libido em algum momento da vida sexual. Mas, em contrapartida, 62% deles negam ter dificuldades em manter uma ereção.

36% dos brasileiros têm relação sexual que dura de 6 a 15 minutos

No que diz respeito à duração do ato sexual, 36% dos homens e mulheres têm relação sexual que dura de 6 a 15 minutos. Já 13% dos brasileiros levam de 0 a 5 minutos numa relação sexual como um todo e, para 33%, o sexo dura entre 16 a 30 minutos.

Sete em cada 10 homens encaram como obrigação satisfazer a parceira

De acordo com o estudo, sete em cada 10 homens está preocupado em satisfazer a parceira, ou seja, 70% dos homens brasileiros preocupam-se em dar prazer à parceira durante o sexo. Já 53% delas acham que têm o dever de satisfazer o parceiro. Na opinião da sexóloga Carmita Abdo, isso mostra uma mudança de paradigma.

"Hoje, a satisfação da mulher importa, sim, ao homem. Depois da revolução sexual as mulheres, tendo a possibilidade de conhecer mais de um parceiro e poderem, dessa forma, terem um comparativo, faz com que esse índice da pesquisa aconteça. Jovens temem não serem tão interessantes como o outro parceiro que ela possa ter tido e aí a necessidade de satisfazer acaba sendo crescente", explica.

22% dos homens acham que fazer sexo fora da relação não é traição

Mais da metade dos entrevistados da pesquisa acredita que paquerar (52%) e mandar mensagens apimentadas (54%) é traição. Fazer sexo com alguém que não seja o seu parceiro habitual é considerado traição por 91% das mulheres. Já 22% dos homens não acham que sexo fora da relação é traição. "Vamos percebendo que homens são, comparativamente com as mulheres, mais liberais quando se trata deles fazerem sexo ou paquerarem pessoalmente ou enviarem mensagens", explicou Carmita Abdo.

69% dos brasileiros acha possível manter desejo em relações longas

Para 69% dos entrevistados, é possível manter o desejo sexual em relacionamentos longos. As mulheres acham que há formas de manter o desejo vivo em longos relacionamentos em 70% dos casos, quase o mesmo percentual de homens (69%). Apenas 15% delas e 19% deles discordam.

17% dos brasileiros recorrem a artigos para melhorar o sexo

A pesquisa ainda comparou os dados do Brasil com os de 36 outros países no estudo que é realizado a cada dois anos. Em relação ao uso de apetrechos, o brasileiro perde para os outros países: 17%, no país, recorrem a artigos para melhorar o sexo contra 22% da média global. Em relação a pessoas de outros países, os brasileiros se mostram mais abertos a diversificar o sexo: 50% dos brasileiros recebem sexo oral (ante 33% no resultado global) e 48% fazem sexo oral (contra 32% dos outros países).

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