Pesquisadores da Uespi desenvolvem membrana para cicatrizar feridas

O trabalho tem como foco a cicatrização de feridas causadas pela Leishmaniose Cutânea. A membrana, um biomaterial de baixo custo, pode ser de grande ajuda como agente antimicrobiano.

Membrada criada em pesquisa no campus de São Raimundo Nonato da Uespi | Divulgação
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Uma membrana capaz de cicatrizar feridas foi desenvolvida no Piauí, por alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). O biomaterial é formado de Quitosana (produzida a partir da quitina encontrada em crustáceos), colágeno e 2,3-dihydrobenzofuran (substância extraída da própolis), uma fórmula que apresenta baixo custo.

A membrana começou a ser formulada em 2018, durante o doutorado da professora Solranny Cavalcante, docente do curso de Ciências Biológicas no campus Campus Prof. Ariston Dias Lima, em São Raimundo Nonato. A proposta é contemplada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e tem o objetivo de avaliar a atividade antimicrobiana e assim comprovar a ação cicatrizante da fórmula.

Membrana que ajuda na cicatrização de feridas está na fase de testes | FOTO: Divulgação

“Esse é um projeto muito promissor, pois a membrana pode ser de grande ajuda como agente antimicrobiano e também na cicatrização de feridas, além de ser um biomaterial de baixo custo”, destacou Isabela Viana, bolsista do projeto e acadêmica do 7º período de Biologia.

O trabalho tem como foco a cicatrização de feridas causadas pela Leishmaniose Cutânea. Segundo a docente que executa a pesquisa, professora Solranny, a lesão causada pela doença é de difícil recuperação. “Hoje, o tratamento que está disponível para a cicatrização dessas feridas é bastante agressivo. A partir dessa membrana, o tratamento poderá ser mais rápido, prático e mais barato”, explicou.

Mais testes para comprovar eficácia

Foram realizados testes com a membrana, In Vitro (em células queratinosas) e In Vivo (em microcrustáceos), a fim de descobrir sua toxidade. Os resultados comprovaram que a substância não é tóxica e que ela é biocompatível com os organismos testados; além disso, verificaram que ela auxilia para que não ocorra infecções secundárias.

Para a obtenção de mais resultados, a professora Solranny pontua que é necessário realizar etapas de testes em camundongos e ratos, para que mais comprovações de eficácia possam ser confirmadas.

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