A campanha de vacinação contra a influenza, também conhecida como gripe, foi prorrogada até o dia 05 de junho. Além dos idosos, gestantes e outros grupos, os portadores de doenças crônicas e outras condições clínicas especiais também têm direito à vacina.
Aos portadores destas condições especiais, basta levar um atestado médico comprovando sua situação clínica para ter direito à dose.Todas as 104 salas de vacina da capital, localizadas em Unidade Básicas de Saúde e Hospitais, continuam abastecidas para imunizar contra a gripe. A vacina protege contra os tipos mais comuns da influenza, os causados pelos tipos A H1N1, H3N2 e B.
“É muito importante que todas as pessoas que são prioritárias para a vacina garantam sua dose, pois se tratam de grupos mais suscetíveis às complicações típicas da doença, como a pneumonia”, explica a infectologista Amparo Salmito, gerente de Epidemiologia da FMS. “Por exemplo, se um cardiopata contrair a gripe, terá que fazer um esforço que pode causar sobrecarga cardíaca. Ou um portador de doença pulmonar crônica pode ter seu estado agravado, entre outros problemas”, exemplifica ela.
Os diabéticos são outro grupo que merece atenção. No último sábado (23) uma equipe da FMS esteve na reunião da Associação dos Diabéticos do Piauí (Adip), imunizando seus associados. “Foi um momento muito positivo, não só de saúde como também de informação, pois pudemos esclarecer nossos associados sobre os riscos no controle do diabetes que a gripe pode trazer”, conta a presidente Jeane Melo.
Amparo Salmito reforça que a vacina contra a gripe é totalmente segura e os riscos de efeitos colaterais são mínimos. “As únicas contraindicações são para pessoas com alergia à proteína do ovo ou que estejam com febre”, afirma. A meta da Fundação Municipal de Saúde (FMS) é imunizar 152.358 pessoas no total.
O público alvo da campanha é formado por pessoas com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população carcerária, trabalhadores da saúde e os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, conforme a lista abaixo:
Doença respiratória crônica: Asma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave); Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) Bronquioectasia; Fibrose Cística; Doenças Intersticiais do pulmão; Displasia broncopulmonar; Hipertensão arterial Pulmonar; Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.
Doença cardíaca crônica: Doença cardíaca congênita; Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade; Doença cardíaca isquêmica; Insuficiência cardíaca.
Doença renal crônica: Insuficiência Renal Crônica Grave; Síndrome nefrótica; Paciente em diálise.
Doença hepática crônica: Atresia biliar; Hepatites crônicas; Cirrose.
Doença neurológica crônica: Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica; Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; Deficiência neurológica grave.
Diabetes: Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.
Imunossupressão: Imunodeficiência congênita ou adquirida; Imunossupressão por doenças ou medicamentos
Obesos: Obesidade grau III (IMC* > 40 para adultos; IMC≥ 35 de 10 a 18 anos; IMC ≥ 25 para menores de 10 anos) Indice de Massa Corpórea (peso/altura²)
Transplantados: Órgãos sólidos; Medula óssea.
Portadores de trissomias: Síndrome de Down e outras síndromes