Pessoas seguem mais orientações de estados do que do governo federal

Pesquisa mostra que 45% das pessoas seguem as recomendações dos governos estaduais, e 14% do federal; 36% seguem ambos

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Após casos em dezenas de países, o Brasil tem visto nas últimas semanas milhares de casos confirmados de pessoas que contraíram a doença no exterior e, além disso, transmissões locais, fazendo com que, até terça-feira, dia 31 de março, 4.715 pessoas tenham sido confirmadas com a doença. O avanço da doença está acelerado, diante disso, o país tem se preparado para tentar atender todos os pacientes que estão com a doença ou possam vir a ter.

A Toluna, fornecedora líder de insights do consumidor sob demanda, vem monitorando a percepção e o comportamento dos brasileiros em relação ao Covid-19. As pesquisas registraram até agora cinco momentos da crise: antes da confirmação do primeiro caso no país, após os primeiros diagnósticos brasileiros, após e decretação de pandemia pela OMS, e a mais recente avaliou o cenário após as centenas de mortes e o rápido crescimento no número de casos.

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Na pesquisa realizada entre os dias 26 de março e 02 de abril, a maioria das pessoas (77%) se considera muito ou extremamente preocupada com o surto. A percepção nessas duas categorias aumentou quando comparada com o resultado de outra pesquisa feita antes da existência de casos no Brasil (68%). Mas chama a atenção o aumento entre os que se declaram extremamente preocupados – era de 40% na terceira pesquisa, e agora é de 46,6%. Neste último estudo, 31% declararam estar muito preocupados, 17% se dizem preocupados, 4% pouco preocupados e menos de 1% não estão alertas sobre o tema.

Quando questionadas, 45% da população brasileira tem levado em consideração as decisões do governo Estadual, em relação, ao governo Federal com apenas 14% das pessoas.Outros 36% seguem as recomendações de ambos os níveis, e 5% não leva em consideração nenhum dos dois.

Quase 80% das pessoas entrevistadas acreditam que o Estado tomou medidas adequadas para limitar a disseminação do Coronavírus no país. 54% da população preveem que o isolamento social acabará e a vida normal retornará em alguns meses.

Sobre alterações no comportamento para tentar evitar o contágio, 72% lavam todas as coisas e itens que entram dentro de casa e 56% estão adotando medidas de trabalho como o home office. No momento atual, 62% das pessoas se preocupam mais com os impactos na economia e na saúde pública do país.

Na pesquisa mais recente, realizada na última semana de março, 82% das pessoas pesquisadas afirmaram que compraram algum item específico para se proteger contra contaminação. Os itens mais citados foram desinfetante para as mãos/álcool em gel (80,5%), sabonete (72%), desinfetante para ambiente (64%), máscara cirúrgica (53%) e luvas descartáveis (35,5%).

 Quase 70% das pessoas entrevistadas acreditam que o impacto do coronavírus sobre a economia mundial será muito negativo. Outros 27% preveem que o impacto será negativo, e menos de 1% acredita que não haverá impacto. Surpreendentemente, quase 3% dos entrevistados opinou que o impacto será positivo ou muito positivo.

Essa pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 30 de março de 2020, com 1.013 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, todas as regiões brasileiras, com 3% de margem de erro e 95% de margem de confiança.

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