A Polícia Federal (PF) abriu uma investigação para apurar um ataque hacker promovido contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A hipótese mais provável é que isso tenha ocorrido em 2001, mas os dados roubados foram divulgados somente agora, quando está sendo realizada a eleição municipal de 2020. Graças a esse ataque, foram expostas informações pessoais de funcionários do TSE.
Entre os dados divulgados estão informações sobre ministros que estavam na Corte em 2001, um indicativo de que o ataque é antigo.
Mais cedo, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, disse que também houve uma tentativa de ataque neste domingo, mas a ação não foi bem sucedida. Como o ataque foi repelido pelo TSE, esse caso não está sendo investigado pela PF por enquanto. Apenas se houver algum desdobramento é que isso será feito.
Pelas informações disponíveis até agora, o ataque deste domingo foi uma tentativa de derrubar o sistema por meio de vários acessos simultâneos, e não de sequestrar dados do sistema da Corte. O setor de tecnologia do TSE está apurando ainda o que ocorreu. O autor do ataque ainda não foi identificado, mas, segundo Barroso, teve origem provavelmente no exterior.
No começo deste mês, um ataque hacker tirou do ar o sistema do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em razão disso, o TSE reforçou a segurança e tomou algumas medidas, como desligar um dos dois principais servidores, o que acarretou falhas em outros serviços do tribunal.