A Pol?cia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra do sigilo banc?rio e fiscal da Samos Participa?es Ltda., holding de propriedade do ministro de Rela?es Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, suspeito de ser um dos idealizadores e operadores do mensal?o mineiro.
A PF solicitou tamb?m o bloqueio de bens dos 36 pol?ticos investigados no esquema de capta??o ilegal de recursos envolvendo a campanha pela reelei??o ao governo de Minas do tucano e atual senador Eduardo Azeredo, em 1998. O ministro nega envolvimento com o mensal?o.
Os pedidos da PF foram feitos no relat?rio final do inqu?rito, enviado em julho ao STF. Segundo a revista "Isto?", em 2002, ano da cria??o da Samos, Mares Guia declarou receita de R$ 1,1 milh?o - mas o Fisco descobriu movimenta??o de R$ 22 milh?es pela Samos naquele ano.
A Pol?cia Federal identificou dois manuscritos de Mares Guia referentes a repasses que teriam sido feitos a aliados da campanha de Azeredo. De acordo com o jornal "Folha de S. Paulo", o documento que a PF apreendeu revela que o ministro lan?ou R$ 500 mil para JM e R$ 1 milh?o para HG, refer?ncias a J?nia Marise (PDT) e a H?lio Garcia (PTB), ent?o candidatos ao Senado. Mares Guia explicou, por sua assessoria, que fez apenas proje?es de gastos de campanha de Azeredo.
A PF solicitou autoriza??o do STF para a fase dois do inqu?rito, que consiste em interrogar cerca de 170 pol?ticos mineiros, de 19 partidos, que teriam sido beneficiados com doa?es de caixa 2 em suas campanhas, feitas pela coliga??o de Azeredo.
O relat?rio do delegado Luiz Fl?vio Zampronha classifica o mensal?o mineiro como "uma complexa organiza??o criminosa" montada para financiar candidaturas na elei??o daquele ano. Ele sugere o indiciamento de um grupo por lavagem de dinheiro, peculato, quadrilha e corrup??o ativa e passiva, al?m de crimes financeiros e eleitorais.