Por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição 2017, o Piauí duplicou o número de pessoas privadas de liberdade aptas a concorrer a vagas em instituições de ensino superior no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em 2018.
Em 2015, dos detentos que fizeram o Enem, apenas 3 conseguiram pontuação suficiente para o Sisu. Em 2016, foram 18 os aprovados. Já em 2017, dos reeducandos que fizeram o Exame, 36 atingiram nota suficiente para ingresso em faculdades e universidades.
No Piauí, cerca de 36% das pessoas privadas de liberdade estão inseridas em programas educacionais nas penitenciárias – Educação de Jovens e Adultos (EJA), Brasil Alfabetizado e Canal Educação, desenvolvidos pelas secretarias de Educação e de Justiça do Estado.
“Hoje, estamos executando programas em todos os 14 estabelecimentos penais adequados para desenvolver ações na área do educacional. O desafio da aprovação ainda é grande, mas o avanço nesse número nos motiva”, pontua o secretário de Justiça, Daniel Oliveira.
De acordo com o Núcleo de Estatísticas do Sistema Prisional do Piauí, órgão da Secretaria de Justiça, de 2015 a 2017, houve crescimento de quase 300% no número de detentos estudando. Tais resultados se devem ao Plano Estratégico de Ensino nas Prisões.
A secretária de Educação, Rejane Dias, observa que, além do Enem, as ações no setor educacional no sistema prisional também são voltadas a testes como o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
“Nosso objetivo é universalizar a educação, dentro do Plano Estratégico de Educação no Sistema Prisional. O resultado do Enem 2017 nos deixa satisfeitos e mostra que o trabalho tem que continuar nesse sentido”, ressalta a gestora.