Mais empresas, mais empregos, mais renda e desenvolvimento econômico e social. Os estrangeiros perceberam que o Piauí é uma mina de ouro para se investir e isso atraiu recursos de empresas de todo o Brasil no período da crise. O motivo? O estado não parou de crescer com a recessão econômica e os números mostram que, contrariando a tendência nacional de desaceleração, a economia do Piauí ganhou um impulso nos últimos anos.
O produto Interno Bruto ( PIB) per capita do Piauí teve o maior crescimento do país em 13 anos, segundo IBGE. Há também o que se comemorar na geração de emprego: dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que o estado ocupa a 1ª posição no Nordeste em geração de emprego.
Esse cenário foi favorável para a abertura de novas empresas e também para a saúde financeira das já existentes. De acordo com dados da Junta Comercial do Estado, o número de empresas ativas subiu 9,24%, fechando 2016 com 176 mil unidades. Em um ano de crise, foram quase 17 mil empresas abertas no Estado.
Já em 2017, no primeiro quadrimestre do ano , 5.755 novas empresas foram abertas. Este número representa um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado, o que indica a continuidade na evolução empresarial do estado.
Os números confirmam que o Piauí não sucumbiu com a crise e cresceu em meio ao caos. Animado, o empresário e consultor de negócios Rogers Ramon explica o fenômeno que está atraindo investidores estrangeiros para o Estado. “ A crise sempre revela quem é grande e quem é pequeno e o Piauí se revelou como um forte. Em um cenário de desaceleração, nós vimos o estado bater recorde no agronegócio, o litoral crescer e aumentar o número de pousadas e Teresina crescer bastante na área de serviços, eventos e comércio. Isso mostra que o Piauí evolui de forma contínua em todos os aspectos”, avalia o consultor ao destacar que o Estado ganhou mais notoriedade a partir de 2010, início da crise econômica do Brasil.
O Piauí teve crescimento econômico anual de 4,8%, de 2002 a 2015, segundo levantamento do Banco do Nordeste do Brasil. Com esse percentual, foi o Estado que mais se destacou na região. Em segundo lugar, está o Maranhão, com 4,5%.
Segundo a pesquisa, os números obtidos em setores como a Indústria, Agropecuária e Serviços puxam os bons resultados no Nordeste, que no geral teve crescimento econômico de 3,3% ao ano nesse período de 13 anos.
Cenário econômico favorece a construção civil
A construção civil é o termômetro da crise. E o cenário favorável no Piauí impactou positivamente o setor. “ O Piauí cresceu na área do empreendedorismo, com abertura de restaurantes, barbearias, faculdades, hotéis e tudo isso reflete diretamente no setor da construção civil. Isso fez com que grandes construtoras estrangeiras viessem para o Piauí, a exemplo da maior construtora da América Latina que tem negócios no estado. Grandes empresas dos estados vizinhos, como Maranhão e Ceará também estão atuando aqui. Temos pelos menos 10 grandes nomes de fora que estão investindo bastante aqui. São empresas que não tinham mais espaço em seus estados de origem, viram que o Piauí não para de crescer e resolveram investir aqui”, explica.
A presença dessas empresas trouxe ainda mais projeção econômica ao Piauí. Com mais negócios e empreendimentos, a geração de emprego aumentou e o dinheiro passou a circular mais no estado. “Através da construção civil vários setores são beneficiados, como a venda de material de construção e o setor de serviços. Isso porque obra contrata engenheiros, arquitetos, pedreiros, marceneiros e também diversos profissionais como advogados, contadores e os corretores imobiliários”, explica Rogers.
Veja os números que comprovam o crescimento
O estado ocupa a 1ª posição no Nordeste em geração de emprego
Número de empresas ativas subiu 9,24%
Em 2016 fechou em 176 mil unidades
5.755 novas empresas foram abertas no primeiro quadrimestre(2017)
Piauí teve crescimento econômico anual de 4,8%(de 2002 a 2015)
Foi o Estado que mais se destacou na região
Em segundo lugar, está o Maranhão, com 4,5%
Piauienses estão empreendendo mais
Com a economia dando bons sinais, o piauiense está cada vez mais instigado a empreender. “Nesses anos de crise eu fiz um trabalho com o povo do Piauí. São pessoas que tinham recursos, mas não sabiam como empreender. Daí eu alinhei a expertise a essa disponibilidade de recursos que temos na nossa região e o resultado foi fantástico e milhares de empregos foram gerados. São pessoas que tinham terras, tinham recursos, mas não sabiam transformar isso em negócio para atingir o consumidor final. Com um trabalho de encorajamento e de viabilização, esses negócios passaram a existir”, explica Rogers ao destacar que o interior do Estado representa uma parcela de destaque para esses novos empreendimentos.
Para se ter uma ideia, só uma construtora do Piauí lançou 26 empreendimentos em cinco anos, com grande aceitação no mercado. “ O Piauí cresce motivado, principalmente, em três vertentes: no sul, temos o melhor solo para agronegócio, no litoral, um grande potencial eólico e , na capital , a melhor localização geográfica para o comércio. Com tantos aspectos positivos, o Piauí não para de crescer e é um ótimo lugar para se investir”, finaliza o consultor.