O Piauí é o estado do Nordeste que mais investe no desenvolvimento e promoção de políticas voltadas para à inclusão de portadores de necessidades especiais. ?76% dos municípios são contemplados com algum tipo de programa voltado para portadores dessas necessidades.
Entre todos os estados do Brasil, temos a maior média de participação?, disse o secretário do SEID, Hélder Jacobina, durante as comemorações do Dia Internacional da Síndrome de Down.
Durante o evento sediado na sede da Associação de Pais e Amigos Excepcionais (APAE), o representante do governo do estado firmou parceria com a APAE para o desenvolvimento de atividades que beneficiem os portadores de necessidades.
O secretário realizou a entrega de equipamentos esportivos para que os assistidos participem das Paraolimpíadas Estaduais, previstas para acontecer ainda neste semestre.
Na atividade foram entregues uma série de equipamentos para os mais de 300 membros atendidos pela APAE, como bolas de futsal e basquete; redes de vôlei; mesas e raquetes de ping-pong, além do equipamento completo para a prática de badminton.
?O Piauí precisa mostrar sua cara. O estado desenvolve trabalhos importantes nesta área e a data de hoje é a oportunidade perfeita para prestarmos conta do serviço que trabalhamos a cada dia?, define o secretário.
Além de serviços como CEIR Móvel, Passe Livre Intermunicipal, reabilitação de pessoas com necessidades especiais e fóruns de inclusão, o governo aposta no projeto ?Piauí sem Limites?, focado na educação, saúde, inclusão social e acessibilidade de quem possui algum tipo de deficiência.
Todos os serviços funcionam de forma descentralizada e tem ramificações próprias nos municípios do interior do estado. A estratégia é levar estes serviços para os municípios mais distantes.
Os eventos do Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado ontem, serviram para festejar os avanços, conquistas e analisar o que precisa ser feito, pois a ?síndrome dos olhos puxados? ainda é vista com preconceito pela sociedade.
Segundo Marluce Evaristo, promotora da Vara de Defesa da Pessoa com Deficiência e Idoso, os portadores da deficiência são vistos como pessoas inferiores.
?Sabemos que isso não é verdade. Hoje em dia você encontra ?downs? com formação universitária a caminho da pós-graduação. Nosso serviço é lutar diariamente para a garantia da igualdade entre todos?, completa.
Kennedy Rubens que o diga. Ele, que é portador da Síndrome de Down, agradece a APAE por tê-lo acolhido na hora mais difícil: se antes ele possuía o status de deficiente mental, hoje o jovem de 35 anos é zelador de uma escola da capital.
?Não seria nada se não tivesse vindo para cá. Tenho um bom emprego e consigo me relacionar normalmente com outras pessoas. Hoje sou uma pessoa mais feliz?, destaca.