Na última segunda-feira foi noticiado um caso grave que aconteceu no Hospital Regional Senador Cândico Ferraz em São Raimundo Nonato. Onde uma família registrou Boletim de Ocorrências após o parto de Maria Nilvânia. De acordo com B.O, registrado por Sr. Jorziel Ferreira Dias, sua esposa, Sra. Maria Nilvânia dos Santos Lima, chegou no Hospital às 5:30h da manhã, em trabalho de parto.
Após muita insistência dos familiares, a mãe da criança só recebeu o primeiro atendimento às 10:30h, quando foi dito pelo médico que a criança já teria vindo à óbito e que seria necessário aguardar sua expulsão natural.
Ainda conforme o B.O., a paciente foi levada ao centro cirúrgico somente às 19:30h, quando a criança foi retirada.
A declaração de óbito, assinada pelo médico Dr. Francisco Ronaldo da Silva (CRM 2092), atesta como causa mortis a aspiração de mecônio, insuficiência respiratória e prematuridade. Diz ainda à declaração que o feto estaria supostamente macerado e em decomposição.
A família, de lavradores humildes, natural da Localidade Boa Vista, Zona Rural de Jurema/PI, contesta a versão do médico e acredita que houve negligência no atendimento, pois na manhã do dia anterior a mãe se consultou no posto de saúde, onde se pôde ouvir normalmente os batimentos da criança, sem qualquer anormalidade.
Nesta terça-feira (10), a direção do Hospital Regional se manifestou sobre o caso:
A direção do Hospital Regional Senador Cândido Ferraz, de São Raimundo Nonato, esclarece que todos os procedimentos no atendimento à paciente Maria Nilvania dos Santos Lima, moradora da comunidade Boa Vista, no município de Jurema do Piauí, foram feitos conforme protocolos.
A paciente deu entrada na urgência do Hospital por volta das 5h20 da manhã da última sexta, 6, com dor pélvica e lombar. Em seguida, foi encaminhada ao setor de obstetrícia, sendo atendida pelo médico plantonista, que por volta das 6h20, constatou que o feto não apresentava batimentos cardiofetais, solicitando assim ultrassom gestacional.
Às 10h45, após realização do exame, confirmou a ausência de batimentos cardiofetais, confirmando ausência de vida do feto.
Diante do resultado, foi administrada medicação para expulsão do feto, ocorrendo, às 19h30, parto normal, procedimento que minimiza os riscos de infecção.
Ainda na sala de parto, a mãe e a avó forneceram as vestimentas do natimorto, solicitando à equipe do Hospital que acomodasse o feto numa caixa até a chegada da funerária, que ocorreu cerca de 30 minutos após a realização do parto. Com auxílio de profissionais do Hospital, o natimorto foi acomodado numa urna funerária, sendo levado pela família.
A direção do Hospital reitera que os todos os procedimentos adotados pelos profissionais desta unidade foram feitos de acordo com os protocolos, estando à disposição das autoridades para os devidos esclarecimentos.