Piauí já recebeu mais de 56 mil doses da vacina contra o HPV

O vírus é transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual

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Iniciou nesta segunda-feira, 2, a mobilização da vacinação contra o vírus do Papilomavírus Humano (HPV) nos postos de saúde de todos os municípios piauienses, ao total, o estado recebeu, até agora, 56.130 doses, para imunizar 89.077 mulheres no estado. O público-alvo serão meninas entre 9 a 11 anos. A novidade é a incorporação de mulheres com vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), entre 9 a 26 anos.

O vírus é transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual ou ainda, no momento do parto, da mãe para o filho. Essa mobilização faz parte das medidas de prevenção ao câncer de colo do útero, que tem como objetivo proteger mulheres que ainda não contraíram o HPV. De acordo com Jurema Chaves, coordenadora estadual de imunização, houve uma necessidade de implantar novas faixas etárias na mobilização da vacinação contra o HPV, uma delas foi de mulheres portadoras do vírus HIV.

“Para este ano, o Ministério da Saúde implantou mais uma faixa etária para receber a vacina contra o HPV, que são meninas de 9 a 11 anos de idade. Além disso, foi incorporada uma nova população, que são mulheres de 9 a 26 anos, portadoras do vírus HIV. Após estudos, foi mostrado que as lesões intraepiteliais, decorrentes do HPV, apareciam mais em mulheres portadoras do vírus HIV, por conta disso, que houve a incorporação dessa população”, explica a coordenadora estadual de imunização.

O esquema vacinal para as meninas de 9 a 11 anos, vai continuar o mesmo do ano passado, isto é, o chamado de Esquema Estendido, que consiste em três doses, a primeira dose será neste mês, a segunda em setembro e a terceira será com 60 meses após a dose inicial, fechando assim, o esquema de proteção.

Já o esquema vacinal voltado para as mulheres portadoras do vírus HIV é diferenciado, sendo que a primeira dose ocorrerá neste mês, a segunda dose após dois meses, já a terceira dose, deverá ocorrer após seis meses. Mas para isso, é necessário prescrição médica para que estas tenham acesso a vacina.

Segundo Jurema Chaves, o Ministério da Saúde forneceu 63% das vacinas para o estado, que tem como meta atingir 80% do público-alvo e ainda alerta a população que a vacina é segura e não provoca nenhuma reação adversa.

“Até agora o Ministério da Saúde nos mandou 63% das vacinas para o estado. A meta é vacinar 80% da população. As demais doses serão fornecidas no próximo mês, para complementar. E com certeza, não faltará. Estamos chamando atenção dos pais e dos profissionais de saúde se mobilizem para poder sensibilizar a quem precisa ser vacinada. No ano passado, atingimos a meta apenas com a primeira dose, já com a segunda dose, de supostos efeitos adversos que a vacina causava, mas isso foi comprovado que nada teve a ver com a vacina”, esclarece Jurema Chaves.

A meta é vacinar 80% da população. O ano passado para a primeira dose conseguimos atingir a meta do estado. Mas para a segunda, isso não foi possível, por conta de efeitos adversos na mídia, que supostamente era decorrente da vacina. Mas isso foi comprovado o contrario, que os efeitos nada tinha a ver com a vacina. E por conta disso, a estrategia de vacinação não foi usada por todos, como não houve vacinação nas escolas publicas e privadas, que são o público alvo da mobilização.

A vacinação para as meninas de 9 a 11 anos ocorrerá nos postos de saúde dos municípios e também nas escolas públicas e privadas. Já para as mulheres portadoras do vírus HIV, em razão do sigilo, a vacina será aplicada no Centro de Atendimento Especializado de cada município.

Repórter: Márcia Gabriele

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