Piauí participa de coleta de sangue para fabricação de vacina

Fabricação de uma possível vacina contra a dengue

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O Piauí iniciou ontem (17) a coleta de amostras de sangue que devem ser incluídas na pesquisa para fabricação de uma possível vacina contra a dengue.

O estudo tem apoio do Ministério da Saúde, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo e está a cargo da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (APDM). Ao todo, o Piauí deve enviar 1.022 amostras de sangue de voluntários, em diferentes faixas etárias, em unidades do Estado e do município.

De acordo com o diretor da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde, Herlon Guimarães, a expectativa é que se identifiquem os vírus circulantes nos Estados. “Circulam quatro tipos de vírus da dengue no país.

Com a pesquisa, será possível identificar quais são os mais frequentes”, explica. As amostras serão coletadas no Hospital Infantil Lucídio Portella e o Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela.

Pelo município de Teresina, as amostras serão nos hospitais do Parque Piauí, Promorar, Buenos Aires, Lineu Araújo e Dirceu Arcoverde. O laboratório Hermes Pardini é o responsável pela logística de coleta, acondicionamento e transporte de amostras de sangue e foi contratado por meio de licitação pela APDM.

Teresina apresenta índices satisfatórios

Teresina está novamente em situação satisfatória no combate à dengue. É o que indica o resultado do terceiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2015, realizado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS).

Segundo os dados divulgados, o Índice de Infestação Predial (IIP) - a relação entre o número de imóveis positivos para o mosquito pelo total pesquisado - da nossa cidade está em 0,4%. Os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde determinam que índices de até 1% são considerados satisfatórios.

"Esta diminuição ocorreu devido à falta de chuvas nesta época do ano, o que reduz o acúmulo de água e consequentemente o número de criadouros", explica Oriana Bezerra, gerente de Zoonoses da FMS.

"Os números do LIRAa seguem uma curva de aumento no início do ano, com ápice no segundo levantamento e uma queda nos índices do segundo semestre", completa ela.

Apesar da boa média geral, os técnicos da FMS estão em alerta para alguns bairros da cidade que, isoladamente, apresentaram IIP maiores que os recomendados. São eles: Parque Brasil, Alegre, Santa Rosa (índice 3,2%), Matadouro, Nova Brasilia, Olarias, Parque Alvorada, São Joaquim (índice 1%), Porto do Centro, Verde Lar e Vale do Gavião (índice 1,6%).

De acordo com Oriana Bezerra, nestes bairros foram localizados criadouros em sua maioria em ambientes particulares, como depósitos ao nível do solo de consumo doméstico (tanques, poços, cisternas, entre outros), depósitos fixos - como tanques/depósitos em obras, borracharias e hortas, calhas e lajes em desníveis, sanitários em desuso, piscinas não tratadas, cacos em muros, toldos e outros - e lixo, sucatas em pátios, ferros-velhos, recicladoras e entulhos.

"Dados como esses nos levam a concluir que alguns moradores não estão fazendo sua parte de evitar a reprodução do Aedes aegypti.", conclui Oriana.

"O combate à dengue é um trabalho que não depende só da prefeitura. Nós incentivamos o processo educativo, mas as ações mais efetivas são aquelas tomadas por cada um de nós dentro de nossas casas. Por isso, todos devemos agir", diz a gerente.

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